Política

Vidigal monta equipe para transição de novo governo na Serra

Sérgio Vidigal foi eleito prefeito da Serra com 54% dos votos válidos. Foto: Divulgação

Após ser escolhido para ser o prefeito da Serra pelos próximos quatro anos, Sérgio Vidigal (PDT) afirma que já está montando a sua equipe de transição de governo. O eleito diz que ainda não conversou com o atual prefeito, Audifax Barcelos (Rede), por ainda não ter finalizado as articulações iniciais, mas garante que vai informá-lo sobre quem será o responsável pela troca de gestão. Vidigal foi eleito em segundo turno no último dia 29 com 54% dos votos válidos e assume a Prefeitura da Serra no dia 1° de janeiro.

Em conversa com a reportagem, Vidigal garantiu que toda a equipe de transição será somente técnica e que não haverá aliados políticos nessa troca de gestão. Ele também explicou o motivo de ainda não ter tido uma conversa com o atual prefeito sobre a transição de governo. De acordo com o prefeito eleito, isso ocorrerá após toda sua equipe ser montada. “Não tive essa conversa (com o atual prefeito) porque estou terminando de preparar uma equipe”, afirmou.

Sérgio Vidigal também explicou que já está contratando uma empresa de auditoria para saber com detalhes a atual situação da prefeitura. Segundo ele, a empresa não terá envolvimento político. “Estou pegando uma empresa de auditoria, que não tem nenhuma conotação política e nenhum deles será secretário meu. Uma coisa bem técnica. Para vê o financeiro do município e até para gente poder fazer um planejamento de médio e longo prazo”, informou.

Vale destacar que esse é o quarto mandato de Sérgio Vidigal na Prefeitura da Serra. Quem competia o segundo turno das eleições deste ano com ele era o vereador Fábio Duarte (Rede), que tinha Audifax como seu padrinho político e principal apoiador. Atual deputado federal, Vidigal foi o único disputante deste ano que já administrou a Prefeitura da Serra (1996, 2000 e 2008).

+ Sérgio Vidigal diz que vai cortar 35% dos cargos comissionados e secretarias da Serra

Conforme informado ontem (31) pelo TEMPO NOVO, Vidigal também afirmou que tomará medidas para enfrentar a redução da receita orçamentária do Município. Para isso, ele pretende diminuir o número de cargos comissionados e secretarias da cidade. Atualmente, a Prefeitura da Serra possui 24 secretarias e mais de 700 cargos comissionados.

Vidigal vai assumir a Prefeitura da Serra com R$ 100 milhões a menos no orçamento municipal. Em 2021, o orçamento será de R$ 1.610.000.000,00. No exercício atual, é de R$ 1.7 bilhão. Na prática, o prefeito eleito pretende cortar 35% de secretarias – o que representaria cerca de sete pastas a menos. Além disso, também haverá uma redução de 35% no número de cargos comissionados.

“Nossa definição é fazer uma reestruturação administrativa de forma que a gente possa enxugar o tamanho da máquina. Como nós temos um plano de governo baseado em quatro eixos, que é cidade criativa, humana, inteligente e sustentável. A gente vai reduzir as secretarias e vai vinculá-las a esses eixos. Então reduziria as secretarias, reduziria também proporcionalmente o número de cargos”, afirmou.

Vidigal ainda disse que outra ação é rever todo o custeio da máquina. “Hoje, o custeio da máquina representa quase o mesmo percentual da folha de pagamento. A folha é 42 e o custeio da máquina é 39. Então queremos rever o custeio da máquina. O cenário da gestão agora é que vamos pegar uma gestão com tendência em queda de receita”, destacou.

Empréstimos feitos pela gestão atual

Sede da Prefeitura da Serra. Foto: Jansen Lube

Sérgio Vidigal ainda comentou sobre as operações de crédito (empréstimos) feitas pela atual gestão, comandada por Audifax Barcelos. Conforme já informado anteriormente pelo TEMPO NOVO, o próximo prefeito terá que pagar mais de R$ 300 milhões (+ juros) de empréstimos realizados para execução de obras. Segundo Vidigal, a Serra terá uma receita menor e uma despesa contratada, através de operações de crédito, maior.

“O nosso cenário da Serra é um cenário que só de operação de crédito aproximadamente R$ 380 milhões, que tinha dois anos de carência e começa agora vencer a partir de janeiro do ano que vem porque são 10 anos para pagar. Esses recursos já vêm deduzindo do fundo de participação do município, que é chamado consignado. Nós teremos uma receita menor e uma despesa contratualizada, através de operação de crédito, maior.”

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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