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Vida longa para A Gazeta

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Eci Scardini 

Na semana passada, a Rede Gazeta de Comunicação anunciou o fim do jornal Notícia Agora e a transformação de A Gazeta para semanal, a partir do mês de setembro. A notícia pegou todos de surpresa, dos clientes aos setores produtivo, político etc. Foi uma notícia muito triste para o Espírito Santo.

Fundado em 11 de setembro de 1928, A Gazeta tem uma relação histórica com o estado e com a sua gente; são 91 anos de serviços prestados aos capixabas. O que se viu posteriormente à divulgação da notícia foi um mar de lamúrias, principalmente por parte de pessoas mais vividas, que vêm de um tempo em que A Gazeta era a única fonte de informação.

O fato traz prejuízo em cascata: desemprego na gráfica, na redação, na logística de distribuição, bem como para os amantes da leitura na plataforma impressa.

A empresa anunciou que irá fortalecer a sua plataforma digital, que é o jornal online, e o impresso, que circulará aos sábados e terá conteúdo mais opinativo e analítico, circulando na Grande Vitória e noutras cidades importantes do Espírito Santo. Seráuma outra realidade.

Não deve ter sido fácil para a família Lindenberg, acionista majoritária da Rede Gazeta, anunciar tal decisão; principalmente para o presidente do Conselho de Administração, Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Filho, o ‘Café’, que nasceu e cresceu vendo as rotativas cumprindo sua nobre missão, de tocar para frente um veículo de tanta importância.

Se existe um setor que foi altamente impactado pela revolução digital, com o surgimento e avanço das redes sociais, esse é o setor de comunicação. As informações, antes verticalizadas nas mãos das grandes redes de comunicação, hoje estão horizontalizadas, com as empresas do setor competindo com Facebook, Google, Instagram, WhatsApp e milhares de sites e blogs, os quais trazem a todo instante as mais variadas notícias, mesmo que muitas delas sejam falsas.

Tempo que não envelhece

Essa realidade, bem como o enquadramento de A Gazeta ao contexto atual, nos remete à nossa história. Em meados de 1983, há 36 anos, dávamos os primeiros passos para fundar o Tempo Novo. Éramos um ‘jornalzinho’ tablóide, de graça e sem periodicidade certa; e assim foi por alguns anos. A Tribuna fechou e reabriu anos depois adotando o mesmo formato de impresso. Não estávamos mais sós.

Depois, A Gazeta também aderiu ao formato tablóide. Oba! A alcunha de ‘jornalzinho’ foi ficando para trás. Depois, veio o Metro, de um grande grupo empresarial (Sá Cavalcanti), também tablóide e de graça, igual ao Tempo Novo. Agora vemos A Gazeta dar uma guinada e se transformar em um impresso semanal, assim como o Tempo Novo é há mais de 20 anos.

Nossa proposta sempre foi esta: ser analítico, gratuito, de leitura fácil e ultrarregionalizado. E essas características têm dado fôlego para o Tempo Novo seguir firme numa experiência alternativa aos grandes grupos de comunicação do ES, sem deixar a peteca cair.

A mudança de hábito de pessoas mais experientes em migrar da leitura em impresso para o meio digital é uma constatação, assim como a nova geração já aderiu aos meios digitais. O canal virtual do Tempo Novo bate um milhão de acessos a cada dois meses e têm crescido vertiginosamente.

E estamos em processo de evolução para outras plataformas, que devemos anunciar em breve. No entanto, nosso impresso, paradoxalmente, nunca foi tão lido, especialmente em formato PDF que circula livremente no ambiente virtual. O TN impresso tem uma relação de muita identidade com a Serra, e em termos de procura por leitores só tem crescido.

O grande desafio das empresas de comunicação, que cumprem com o papel social que lhe é conferido, reside em como se manter de pé nesse cenário, já que a publicidade não cresceu da mesma forma que a demanda por informação precisa e elaborada. A imprensa tem um importante papel na defesa dos interesses coletivos; ela é guardiã da democracia e do cumprimento das leis e dos direitos fundamentais. Sem ela, a ditadura e o autoritarismo reinam.

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