Os vereadores da Serra Rodrigo Caçulo e Saulinho da Academia negaram que tenham ido as vias de fato após uma acalorada discussão na sessão ordinária da última quarta-feira (28). Em nota assinada em conjunto, os parlamentares afirmaram que o fato não passou “apenas de um embate político e explanação de posições”. Vale ressaltar, que agressão física é passível de perda de mandato por decoro parlamentar.
Durante a sessão, os vereadores iniciaram um ciclo de bate boca que se estendeu por vários minutos. Tudo começou após Caçulo, que foi eleito no palanque de oposição ao prefeito Sérgio Vidigal, subir a tribuna e cobrar obras no bairro Jardim Guanabara. Ao pedir um aparte, o vereador Saulinho, que faz parte da base governista, rebateu Caçulo e disse que as obras iriam começar em alguns dias, pois ele já teria conversado com o secretário da pasta.
Foi então que o bate boca começou, com troca de acusações em tom irônico e provocativo, inclusive afirmando mais de uma vez ao microfone em tom jocoso de que um desses vereadores ‘mama na teta’ da Prefeitura.
Após uma pausa para que vereadores das comissões avaliasse tecnicamente um projeto de lei, eles iniciaram uma discussão em pé lado a lado, da qual foi sendo levada até os corredores da Câmara. Apesar da filmagem não mostrar as vias de fato, é nítido o corre-corre de colegas parlamentares para apartar os dois vereadores. Em off, servidores da Câmara e outros vereadores, que pediriam anonimato, confirmaram que houve contato físico entre Saulinho e Caçulo, informações das quais ambos negaram.
Veja a nota na íntegra:
NOTA OFICIAL DO VEREADOR RODRIGO CAÇULO E SAULINHO NEVES
Em resposta a publicação jornalística do Jornal Tempo Novo, em 29/04/2021, a qual refere-se troca de socos nos corredores da câmara entre o Vereador Rodrigo Caçulo- REPUBLICANOS e Saulinho Neves-PATRIOTA. Informamos que não houve nenhum incidente entre os Edis, houve sim apenas um embate político e explanação de posições, que por fim, é fundamental para construção de uma sociedade mais humana e justa, uma vez que a principal prerrogativa de um vereador é fiscalizar a cidade e ser o porta-voz do povo. Lembrando que em momento algum a sessão teve que ser interrompida conforme publicado, foi interrompida sim para o parecer da comissão referente ao PL 108/2021. Assim, ambos gabinetes se colocam a plena disposição para sanar quais quer dúvidas, ademais, colocam os canais de comunicação oficiais dispostos no portal da Casa de Leis para possíveis dúvidas futuras. Sem mais, sinceros cumprimentos!