Vereador pode subir salário para R$ 15 mil

Entre os vereadores já corre conversas para aumento de seus próprios salários, que entraria em vigor no próximo mandato, que vai de 2017 a 2020. Atualmente cada vereador ganha R$ 9,2 mil bruto e com um possível reajuste, este valor pode chegar até R$ 15 mil. A reunião, que teve caráter informal, ocorreu na última semana na Câmara da Serra.

Segundo informações de bastidores, há dois grupos que divergem sobre o valor do reajuste, que segundo a Constituição deve variar entre 40% e 60% do salário de um deputado estadual, que atualmente recebem R$ 25.322.25 bruto. Um grupo, que seria formado por vereadores mais antigos na Casa, defende o reajuste no limite dos 60%, equivalente a R$ 15.193,53. Outros vereadores defendem um reajuste na base dos 40%, que daria R$ 10.129,02.

Publicamente, nenhum vereador diz que irá votar pelos R$ 15 mil, mas confirmam que já há conversas no sentido de reajustar os próprios salários.

“Não há nada fechado, a reunião foi na semana passada. Estamos em negociação ainda”, confirmou o vereador José Raimundo (PSL).

Um dos vereadores que se especulou que defenderia o reajuste para R$ 15 mil é o redista Cezar Nunes, porém, o vereador desmente. “Eu não tenho posição formada ainda, mas se for para votar aumento de salário, eu voto para continuar como está. O que houve foi só um bate papo, alguns falaram em teto, mas eu estou fora. Quem passou esta informação, passou errada” afirmou Nunes.

O peemedebista Toninho Silva pondera e diz que tem que ser conversado “Aumentar o salário para 15 mil eu não concordo. Não cheguei a enumerar quantos eram a favor ou contra, mas sei que tem alguns que prezam pela permanência do valor. Tem vereadores que entram em desespero. Mas tem que se conversar, até porque hoje o vereador da Serra não tem mais benefício nenhum, nem carro, vale alimentação e 13º”.

Já a presidente da Câmara, Neidia Maura (PSD) confirma que o assunto entrará na pauta de discussão. “Vamos ainda marcar a reunião para discutir o assunto. Primeiro vou discutir com vereadores, pois somos um colegiado e precisamos de consenso. Estamos passando um momento de crise e tudo isso é tem que levar em conta”, lembrou.