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Vai dar para governar o município?

Yuri Scardini 

Com o resultado da eleição de sábado passado (02), na Câmara da Serra, que conduziu o vereador Rodrigo Caldeira (Rede) para mais dois anos no comando do Legislativo Municipal, a política da Serra fica em alerta sobre a condição de governabilidade do Poder Executivo sob tutela do prefeito Audifax Barcelos (Rede). Não se trata apenas de joguinho político, significa o conjunto de condição necessária ao exercício do poder de governar.

O grupo de oposição assumiu o controle da Mesa Diretora e de todas as comissões relevantes da Câmara. Tudo bem é democrático e faz parte do sistema político brasileiro. Mas agora a pressão está nas costas da oposição, que tem que mostrar para a população que tal movimento não se trata ‘apenas’ de uma nociva disputa por poder. Um Legislativo que se autodenomina “independente” não pode enveredar para o irresponsável. E só o tempo dirá a verdade sobre tal movimento.

O que o prefeito Audifax enfrenta é um conjunto de situações que se fundiram. Diferente do que parte da mídia estadual coloca, esse grupo de oposição não tem como “pai” o deputado federal Sérgio Vidigal. É um erro, e até certa inocência acreditar nisso. Vidigal é só umas das forças que invariavelmente agregaram ao conjunto da oposição. Na prática, Vidigal pode ter interferido em 2ou no máximo 3 votos para a eleição da Mesa Diretora da Câmara.

A rede que está por trás da oposição é formada por muitas pernas, incluindo forças de fora da Serra, e foi semeada pela ganância, descontentamento e até certa inabilidade e desprestígio do trato do Executivo com o Legislativo, se transformando em um comitê de oposição e que em dois anos vai deter o controle de R$ 60 milhões e da agenda administrativa do município.

​Parte desse comitê não tem nenhuma ligação orgânica com a cidade e nem sequer reside na Serra. Por isso, os vereadores de oposição não podem perder de vista, que no meio desse tiroteio entre Executivo e Legislativo, há 500 mil pessoas, das quais 100 mil estão na linha da pobreza e intimamente dependentes da Prefeitura. Um processo Legislativo irresponsável, dentro do contexto de uma cidade tão complexa como a Serra, significaria sujar as mãos de sangue.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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