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“Trabalha-se muito e ganha-se pouco em nosso país”

Lauro disse que a Central surgiu pela necessidade de ter sindicatos sem vínculo partidário. Foto: Ana Paula Bonelli

O Presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores no ES, Lauro Queiroz Rabelo, fala sobre a trajetória da entidade e avalia a situação do emprego na Serra e no Estado, diante da grave crise econômica que o país atravessa. O dirigente sindical, que também preside a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Moveleiras, ainda dá seu ponto de vista sobre a situação política local e nacional.

No Brasil já existia grandes centrais como a CUT, a Força e a CTB. Por que surgiu a Nova Central Sindical de Trabalhadores?

A NCST surgiu pela própria vontade do movimento sindical através de um congresso para atender os anseios da maioria dos trabalhadores que clamavam pela liberdade sindical sem nenhum vínculo partidário. Por isso, o nome de uma nova central sindical onde 60% (sessenta por cento) das entidades sindicais não estavam filiadas a nenhuma central sindical.

Em 2015 a Serra foi campeã de demissões no ES (51 mil até agosto). Como o senhor avalia essa situação?

Devido à crise que atravessamos, e por falta de política de incentivo na área produtiva, sofremos com as demissões no dia a dia, e estas situações prejudicam o crescimento da nação deixando nossos companheiros desmotivados, após participação em vários cursos de qualificação.

Há muitas reclamações de trabalhadores sobre empresas que não estão pagando encargos trabalhistas. Como está isso? Tem números no ES?

As reclamações trabalhistas se acumulam por falta de cumprimento dos direitos adquiridos pelos trabalhadores, através da legislação.

Um dos sindicatos filiados à Nova Central é o dos Rodoviários. O que o senhor acha das paralisações surpresa como a ocorrida em outubro?

Cada sindicato atende a reivindicação de sua categoria, todas as paralisações são manifestadas em assembleia.

 Há uma tendência mundial ao aumento da idade para aposentadoria e maior flexibilização das relações de trabalho. Como o senhor vê isso?

No Brasil trabalha-se muito e ganha-se pouco , precisamos de mais tempo para conviver com os nossos familiares , dando mais atenção aos nossos  filhos para melhorar a educação.

Os funcionários públicos efetivos têm aposentadoria integral e estabilidade, direitos que não se estendem aos trabalhadores privados. É justo? Como o senhor vê esse cenário a médio prazo?  

 Devemos cumprir a Constituição que diz que o direito é igual para todos.  Não é justo que haja essa desigualdade de direito entre funcionário público e privado.

A presidente Dilma vai conseguir terminar o mandato? Como o senhor avalia a situação do governo dela?

A economia está um caos, o desemprego assola às portas dos trabalhadores , precisamos de um presidente que administre o País com projetos voltados ao povo. Temos que dar um basta no apadrinhamento, precisamos de emprego e dignidade, não vivermos com oferta de cesta básica. Necessitamos de uma condição digna para sustentar nossos filhos.

O governador Paulo Hartung está conseguindo conduzir bem o ES neste terceiro mandato?

Foram muitas promessas. Esperamos que as cumpra.

E a gestão do prefeito Audifax Barcelos está sendo bem sucedida?

Poderia ser melhor. Até o momento está tudo no papel.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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