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“Tenho esperanças de dar ordem de serviço no Contorno do Mestre Álvaro logo no início de 2019”

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O governador eleito disse que está preocupado com anúncios recentes de investimentos pelo governador Paulo Hartung. Foto: Divulgação

Mais experiência, mas uma conjuntura mais adversa e tensa. Autonomia para compor a equipe, mas a instabilidade política que pode afetar a economia. São com esses bônus e ônus que o governador eleito, Renato Casagrande (PSB), projeta os primeiros passos da sua gestão. Nessa entrevista conta que de cara quer enfrentar cinco frentes: orçamento e finanças, educação, segurança, saúde e infraestrutura. Sobre sua expressiva votação na Serra, Casagrande comentou que dará retorno para o eleitor com investimentos na cidade. O governador eleito disse ainda que está preocupado com anúncios recentes de investimentos pelo governador Paulo Hartung. Teme comprometimento fiscal e admite que pode desfazer alguns projetos. Casagrande acrescentou que num eventual governo Bolsonaro, caso haja excessos, o país conta com instituições fortes para garantir o equilíbrio.

Qual a diferença entre o Casagrande que irá assumir o Anchieta em 1º de janeiro de 2019 para o Casagrande que assumiu o Governo em 2011?

Minha experiência. Conheço mais o Estado e as pessoas. A maneira mais adequada de conhecer uma pessoa é estando no poder e, depois, saindo do poder; dai você sabe quem tem algum respeito só pelo cargo e quem tem respeito por você como pessoa. Vou governar numa conjuntura política e econômica diferente de 2011. Temos um cenário nacional muito tenso, muito nervoso, as pessoas muito intolerantes, muito descrentes da política, e exigirá de nós uma tarefa mais intensa.

Como anda a montagem da equipe de governo?

Terei uma equipe muito mais comprometida. No passado tive que compartilhar o meu Governo com o grupo político do atual governador (Paulo Hartung); e esse grupo não se dedicou, não suou a camisa. Agora, quem estiver comigo vai ter que chegar ao final do dia e apresentar o serviço, senão estará fora. Em 2010 tive um papel importante como candidato, mas não comandei a formatação da aliança; Já em 2018 eu liderei a aliança e isso me dá liberdade na composição do Governo. Esse será o ponto positivo. O ponto negativo será a instabilidade que a gente vive, da politica nacional, que pode afetar a economia. 

Quais as áreas que o seu Governo pretende atacar logo de início?

Cinco áreas, que a minha equipe de transição já está trabalhando e eu comandarei pessoalmente. A 1º é a área de orçamento e finanças. Teremos um período difícil pela frente. Então eu me envolverei pessoalmente na condução das finanças da execução orçamentária do Estado.

 E as outras quatro áreas?

Educação naturalmente, porque o projeto de desenvolvimento do ES passa pela qualificação na área da educação, e nós queremos melhorar a qualidade em todas as nossas quase 500 escolas. A outra área é a da segurança pública, onde eu comandarei politicamente, com retorno do programa Estado Presente, com a visão ampla de que a segurança pública não é papel só da polícia. Temos que ocupar as áreas vulneráveis. Outra área é de saúde, vamos trabalhar na descentralização, na regionalização do serviço de saúde.

 E a quinta área?

É a do investimento em infraestrutura. O Estado precisa ser mais competitivo; os incentivos fiscais estão já com cronograma de serem finalizados. O Estado, para continuar atraindo investimentos, precisará ter uma logística que permita ter competitividade. Então nós vamos concluir as obras paralisadas na Região Metropolitana, dentro do Plano de Mobilidade Metropolitano, e vamos fazer um programa de investimentos em infraestrutura nas regiões do Estado e integrarmos as diversas regiões. 

O senhor obteve 53% dos votos válidos da Serra. Como pretende retribuir esse voto de confiança do eleitor serrano?

 A Serra sempre me concedeu vitórias muito importantes. Quero concluir obras importantes, como o Contorno de Jacaraípe, que nós começamos e eu quero retomá-la. Já me reuni com o diretor-geral do Dnit, que é o Ralph Luigi, tratando do Contorno do Mestre Álvaro, que é a obra mais importante da Serra hoje. Tenho esperanças de dar ordem de serviço nesta obra no início do ano que vem, mas para isso preciso de uma articulação que envolva ação da bancada federal; o prefeito e os vereadores da Serra. Também quero cuidar da melhoria da saúde. No mandato passado eu inaugurei o Hospital Jayme Santos Neves, eu quero continuar investindo nessas áreas essenciais. No mandato passado eu mais que dobrei o efetivo da Policia Militar da Serra. Então vou retomar investimentos importantes. 

O governador Paulo Hartung tem anunciado nos últimos dias uma série de obras e convênios para o município. Existe algum risco de tais obras serem paralisadas?

Tenho visto com muita preocupação. O Governo ficou estagnado durante três anos e meio, e de julho para cá começa a fazer diversos anúncios. Eu pedi à comissão técnica de transição para avaliar todos os atos do Governo de julho para cá. Aqueles que impuserem riscos à nossa gestão fiscal poderão sim, ser desfeitos. Até porque não é possível que o Governo queira usar da esperteza de fazer ‘gol de mão’ no quadragésimo quinto minuto do segundo tempo. Então se não fez durante 3 anos e 9 meses não será nos últimos três meses que o Governo vai resolver todas as questões que não conseguiu resolver antes.

 Pode dar exemplos?

Convênios com os municípios; alteração da faixa da Terceira Ponte; assumir financeiramente as despesas de um hospital municipal de Linhares. Por que não fez isso antes? Por que só faz agora? Então me parece esperteza isso.

 Em quais circunstâncias econômicas e financeiras o senhor espera receber o Governo?

Eu estou preocupado porque o secretário de Fazenda [Bruno Funchal] anunciou esta semana que o Governo vai deixar R$ 300 milhões em caixa. Quando sai do Governo deixei valores que se corrigir somam R$ 1.980 bilhão. Ele está deixando R$ 300 milhões, que não paga nem metade da folha de pagamento de 1 mês, considerando ativos, inativos e obrigações sociais. Então é preocupante porque estão deixando uma proteção muito pequena num contexto de instabilidade, muito menor do que eu recebi do atual governo lá em 2011 e muito menor do que eu deixei em 2014.

 A Serra terá três representantes na Assembleia. Cada um querendo ser o padrinho das obras do Governo no município. Como vai lidar com isso?

Pai é quem cuida; se os três cuidaram das obras os três serão pais dos investimentos nossos na Serra. Quero que os três sejam aliados e quero prestigiar os três na cidade e em outros locais que eles tiveram ação como parlamentar. 

 O senhor vê riscos para a democracia, caso Jair Bolsonaro vença a eleição, bem como a volta do descaso com o dinheiro público que se verificou com os governos petistas, caso o Haddad vença a eleição?

Eu avalio que nós temos instituições fortes nesse país; e as instituições precisam controlar qualquer excesso. Mas se acontecer algum excesso, o Poder Judiciário, o Ministério Público e o Congresso Nacional precisam atuar para que haja esse equilíbrio institucional.

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