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Temperatura máxima na Câmara

Yuri Scardini 

É neste sábado que deve ocorrer à eleição da Mesa Diretora da Câmara da Serra. É esperado um pleito tenso, coberto de confusões e brigas, já que o resultado é praticamente imprevisível a essa altura. Porém, observadores da política, estão bastante descrentes que irão cessar as instabilidades políticas pós-eleição.    

Não é de hoje que a Câmara é repleta de questionamentos. Para falar a bem da verdade, é histórico. No livro Viagem de Dom Pedro II ao Espírito Santo, do escritor Levy Rocha, o imperador relata que ao visitar a Serra-Sede em 1860, foi constatado um superfaturamento em uma obra da Câmara Municipal. A Serra é um lugar de intensas brigas por poder e o parlamento reflete isso. Mas de qualquer forma, acredita-se que toda essa situação atual atingiu um ponto de fricção tal, que se evoluir haverá um iminente risco de tragédia.

Aliados do prefeito Audifax, relatam que a cisão com o atual presidente da Câmara, Rodrigo Caldeira é irreversível. Não só ele, mas também parlamentares que o rodeiam. Já do outro lado, vereadores de oposição orgânica relatam que caso os governistas percam essa eleição, a Câmara tem tudo para ser bastante hostil ao prefeito. Dizem que irá pipocar CPI’s e se fala até de impeachment. Difícil saber até onde é verdade, já que a realidade é mais complexa do que isso, mas percebe-se que não há nenhum pingo de republicanismo em tudo isso, se tratando apenas de polícia de grupos.    

A intenção da oposição, caso vença a eleição da Mesa é preparar o terreno para a eleição municipal de 2020, quando Audifax deve apresentar seu sucessor. Sem um alinhamento com a Câmara, o prefeito perde muito espaço de manobra política. É este o pano de fundo de tudo isso. Até porque, a posição de prefeito da Serra é uma das maiores vitrines capixabas. Com um orçamento de R$ cerca de 6 bilhões em 4 anos e o poder de nomear mais de 700 cargos comissionados.

Veremos como este importante capítulo irá acabar, mas, verdade é que a eleição de 2020 começou no momento em que a de 2016 terminou, e é assim que as coisas são.  

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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