Dois criminosos foram presos pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra (DHPP-Serra) pelo assassinato de Juan Luiz Guimarães Wotkosky, de 44 anos, com quase 30 tiros, dentro de sua residência em maio deste ano, no bairro Hélio Ferraz, na Serra.
A prisão de Enoque Pereira Leal Filho, de 26 anos e Kássio Lima Ruperti da Silva, de 22 anos, aconteceu no dia 20 de julho numa operação da Polícia Civil em Hélio Ferraz.
De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da DHPP da Serra, os dois foram presos em frente a um lava-jato do bairro. “Eles foram presos juntos pela equipe da DHPP/Serra. Os dois, na companhia de um adolescente, que mataram a vítima, o Juan Luiz”.
Sandi Mori disse ainda que Enoque e Kássio foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, por conta da impossibilidade de defesa da vítima. “Também foram indiciados por corrupção de menores e já são réus em ação penal. Já o adolescente foi indiciado pela prática de ato infracional com as mesmas qualificadoras dos maiores e já foi representado pela internação do mesmo”.
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Segundo as investigações, a vítima Juan Luiz era agiota e estelionatário no bairro Hélio Ferraz. “Para uns ele se apresentava como servidor da receita federal, para outros como delegado aposentado. Segundo os depoimentos, ele emprestou um dinheiro para a mãe do Enoque, que gastou o valor emprestado com o uso de drogas”.
Entenda o crime na Serra
O delegado disse ainda que na tarde do crime, ocorrido em maio deste ano, o Juan que é a vítima, foi armado com simulacro com arma de fogo, até a praça do bairro e lá encontrou com Enoque.
“No local, Juan ameaçou o Enoque e disse que se ele não pagasse o valor devido pela mãe, iria matá-lo. Foi por este motivo que o Enoque, na companhia do Kássio e do adolescente mataram a vítima para não quitar a dívida da mãe do Enoque”.
Por volta das 3h30, Kassio, Enoque e o adolescente, todos vestido de preto e encapuzados, arrombaram a porta da casa, e entraram na residência de Juan Luiz, dando voz de prisão como se fossem policiais.
“A vítima dormia num colchão na sala com a namorada e duas crianças. Ao perceber a situação, as crianças correram e um dos executores empurrou a namorado de Juan para longe dele. Foi nesse momento que eles abriram fogo e atingiram a vítima com 29 disparos de arma de fogo nas costas”.
Criminosos comemoram
Logo após, os criminosos correram pelas ruas de Hélio Ferraz, comemorando a morte e gritando em voz alta: “matamos o delegado, agora ele vai cobrar o capeta lá no inferno”.
Por fim os três foram até a casa de Enoque, tiraram as roupas utilizadas no crime que, em seguida, foram queimadas pela mãe de Enoque num latão.
Enoque já tinha sido preso por homicídio e roubo. “Estava na rua há quatro meses e foi preso novamente por homicídio”.
Já o Kássio, tinha passado quando menor pela prática infracional de homicídio e também já foi preso como maior de idade pelo crime de tráfico de drogas.