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Som alto de bares e quiosques tira o sono de moradores de Bicanga

O som alto tem tirado o sossego da então bucólica Bicanga. Foto: Divulgação leitor

Som alto e muita gente na praia fazendo barulho e se aglomerando. A urbanização da orla de Bicanga, entregue em dezembro do ano passado, deixou os moradores do balneário satisfeitos, mas o tumulto que veio junto com a obra não tem agradado os locais que tem sofrido com a “falta de empatia dos frequentadores da praia”.

Bicanga é uma das praias da Serra que ainda possuem quiosques próximo a areia e água do mar e por isso tem atraído um grande número de turistas e também moradores da Serra para curtir o balneário.

Uma moradora que não quis se identificar, disse que o som começa nos quiosques. “Não respeitam o limite da altura do som, e não é apenas um quiosque, são vários. É o dia inteiro com música ao vivo, muitas vezes com banda, o que tem atraído muito gente para a orla. Já fiz diversas reclamações no Reclame Aqui da Prefeitura, mas nada é feito. Nosso estado está no Amarelo e não vejo fiscalização aqui. A praia lotada, o povo sem máscara, aglomerado, dançando forró, sentados no colo um do outro. Os turistas são bem vindos, mas é muita falta de empatia dos frequentadores da praia com quem mora aqui. E não adianta, liguei para o 181 e pra Prefeitura, que nada fazem”, denuncia a moradora.

Outro morador que também tem casa na orla, reclama principalmente do excesso de música alta. “Não tem problema quiosque trabalhar, tem que trabalhar mesmo. Mas a música alta nos bares e quiosques está mudando a dinâmica de vida dos moradores. É música alta mecânica, banda, quiosques lotados, parece a Bahia! Está muito complicado a gente conviver com esta nova dinâmica, sem fiscalização. Porque aqui não tem nenhuma fiscalização. Era uma vez uma praia bucólica, estamos sofrendo. Dá pra crescer sem afetar a qualidade de vida de quem vive em Bicanga. Estamos numa pandemia, onde está a fiscalização?”, disse outro morador que também não quis se identificar.

Morador e comerciante do bairro, que também não quis se identificar, disse que já tentou conversar com quiosqueiros, mas que o pedido não foi atendido. “Já tentei conversar, pedir para abaixar o som, não adianta e ainda ameaçam a gente, mesmo que em tom de brincadeira, ameaçam. Temos medo, porque moramos aqui, estamos numa pandemia. Falta empatia das pessoas, tanto no quesito do som alto, quanto no quesito de não se aglomerar. Ninguém está ligando, nem a população e nem o governo, pois aqui é terra de ninguém, sem dono, não há fiscalização”.

O TEMPO NOVO procurou a Prefeitura da Serra para falar sobre as denúncias dos moradores que por meio de nota disse  “tem realizado operações integradas, com emprego da Guarda Civil Municipal e do Departamento de Operações de Trânsito, com apoio da Polícia Militar”.

Relatou também que neste fim de semana foram feitas duas ações a partir de denúncias de festas clandestinas. “Como as equipes da prefeitura chegaram antes do evento, não houve tempo para formar aglomeração. Foi também realizada uma blitz em conjunto com o Batalhão de Trânsito, no posto de Manguinhos, que resultou na abordagem a 62 veículos e na confecção de 10 autos de infração de trânsito, dos quais três foram por recusa do teste de bafômetro e um por embriaguez ao volante”.

E fechou a nota dizendo que “denúncias de festas clandestinas no momento em que elas ocorrem devem ser feitas pelo telefone 190. Reclamações sobre som alto devem ser encaminhadas ao Disque Silêncio, por meio do telefone 0800-2839-780”.

 

 

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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