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Serrana gera renda e ajuda na proteção contra Covid-19 fazendo máscaras de tecido

Sileuza Capiche tem ateliê, mora na Serra Sede e trabalha há 12 anos com bordados e enxovais. Foto: Divulgação

Em meio à pandemia de coronavírus e quarentena em massa da população, a artesã da Serra Sede, Sileuza Capiche, encontrou um meio de gerar renda e ainda ajudar pessoas a se proteger da doença: ela está confeccionando máscaras de tecido laváveis e reutilizáveis.

Sileuza trabalha há 12 anos fazendo enxovais personalizados de bebê, de casamento, além de bordados em uniformes. Ela conta que recebeu de uma cliente a encomenda de máscaras. “A princípio havia dito que não faria. Mas não pude negar. Entreguei a encomenda e publiquei no Facebook. Quando cheguei em casa na quinta à noite (19) eram tantas mensagens que não estava dando conta de responder. Foi aí que dei conta da falta de máscaras descartáveis no mercado. Peguei mais encomendas”, conta,

Segundo Sileuza, as máscaras possuem duas camadas de tecido 100% algodão e são feitas em seu ateliê, localizado na Av. Jones Santos Neves, na Serra Sede. Sua residência fica nas proximidades.  Por conta da alta procura, ela está concentrando o trabalho na produção das máscaras, contando com a ajuda do noivo e também de uma prima que veio do interior do ES para auxiliar na tarefa.

Mascaras feitas por Sileuza. Foto: Divulgação

A artesã conta que o desafio, além de dar conta dos pedidos, é obter matérias primas neste momento de paralisação de grande parte das atividades econômicas. “Tenho um bom estoque de tecido, mas elástico está difícil. Se acabar, vou procurar alternativas. Não quero deixar ninguém na mão. Se não tiver como entregar na hora, peço a pessoa para esperar um pouco. O importante é poder ajudar, aliviar a demanda por máscaras descartáveis que devem ser direcionadas para os hospitais. Para isso estou trabalhando até no sábado à noite”, relata.

Há dois modelos de máscara, adulta e infantil. Ambas custam R$ 10. Segundo Sileuza, as máscaras são laváveis com água e sabão.  “Após lavá-las, deve-se passar o ferro quente para garantir que não sobrevivam microrganismos remanescentes. As máscaras devem ser usadas por, no máximo, duas horas. Ou serem retiradas antes desse prazo, caso fiquem úmidas”, frisa Sileuza.

A artesã orienta que, se uma pessoa precisar trabalhar ou permanecer na rua por tempo maior, deve levar mais de uma máscara e ter cuidado ao manuseá-las. “Deve-se levar duas sacolas, uma para as máscaras limpas e outras para guardar as sujas”, indica.

Equipamento ajuda a evitar contaminação, mas não é infalível, alerta Sileuza

Assim como as máscaras descartáveis, as reutilizáveis ajudam a proteger, mas não são infalíveis ao vírus. Precisam de cuidados no manuseio e que o usuário respeite o momento de trocar.

“A máscara impede que as micropartículas expelidas por uma pessoa sejam inaladas ou ingeridas por outra. E que alguém contaminado espalhe essas gotículas no ar. Também funciona como barreira para que a pessoa não leve a mão diretamente à boca e nariz. Mas as máscaras não vão te imunizar. Junto com elas, outros cuidados devem ser adotados, como respeitar o tempo de uso da máscara. Se molhar, tem que trocar imediatamente. E o mais importante neste momento: ficar em casa”, afirma.

O próprio Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já defendeu o uso de máscara de pano pela população ante a escassez das máscaras descartáveis, em declaração ao jornal sul-matogrossense Correio do Estado, publicada em 15 de março.

Porém, naquela mesma publicação, Mandetta lembrou que o item não protege sozinho, o uso precisa estar combinado com higienização das mãos com sabão ou álcool em gel, evitar aglomerações e seguir a etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar, cobrindo a boca e nariz com o cotovelo flexionado ou com um lenço descartável.

Contatos     

Sileuza pode ser contatada através da sua conta no Facebook (Sileuza Capiche – Bordados Computadorizados); Instagram (sileuzacapiche) ou pelo tel (27) 99874 – 1057

 

Redação Jornal Tempo Novo

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