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Serra elabora protocolo e começa preparar escolas para volta às aulas

Prefeitura já começou a adquirir equipamentos e elaborou um protocolo para o retorno presencial. Foto: Everton Nunes

Mesmo sem uma data definida para o retorno presencial das escolas municipais, a Secretaria de Educação da Serra (Sedu) já elaborou um protocolo de volta às aulas, e agora, está discutindo juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), o protocolo divulgado pelo Governo do Estado, para se adequar a essas orientações. Nesta semana, o governador Renato Casagrande (PSB), anunciou a possibilidade de retomar o ensino nas unidades escolares ainda em outubro deste ano, mas sem uma definição concreta.

De acordo com a Sedu, todas as alternativas estão sendo estudadas, para garantir mais segurança no retorno dos alunos, como o rodízio de estudantes, uso obrigatório de máscaras, distanciamento de 1,5 metro dentro da sala de aula e 2 metros no refeitório. Além disso, o Município já elaborou um protocolo de segurança, assim como o Governo do Estado. Nesse documento, ficam definidas regras e medidas para conter o avanço do coronavírus, que também é possível dentro das escolas.

Ao TEMPO NOVO, a Prefeitura da Serra também informou que já está realizando licitações de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras para professores, demais funcionários das escolas e estudantes. Já estão sendo adquiridos também álcool em gel, totem dispay, papel toalha e outros. Apesar disso, é importante destacar, que não existe uma data definida para a volta às aulas em escolas de ensino fundamental ou médio da Serra.

Conforme informado, existia uma possibilidade de abertura das unidades escolares em todo o Espírito Santo ainda neste mês de setembro, mas isso já foi descartado pela Secretaria de Estado da Educação. De acordo com Casagrande, existe um “grande desejo” para que essa volta definitiva aconteça em outubro.

“Vamos manter o mês de setembro sem o retorno às aulas da educação básica e vamos avaliar se é possível voltarmos, de alguma maneira, a partir de outubro. Se pudermos, o que voltará primeiro será o ensino médio”, afirmou o governador durante a coletiva de imprensa. Ainda de acordo com Casagrande, as escolas de ensino superior já podem reabrir a partir de 14 de setembro.

Sendo assim, todas escolas da educação básica – do ensino infantil ao médio – não estão autorizadas a funcionar. Casagrande argumentou ainda que é preciso percorrer mais dias para poder consolidar uma redução intensa no número de mortes de pessoas infectadas pelo coronavírus e, assim, decidir pelo retorno com segurança. “Para não dar um passo e ter que voltar atrás. Se tudo der certo, daremos esse passo em outubro. Temos muito desejo de retornar; se não for possível toda, pelo menos parte da educação básica.”

As afirmações foram dadas em coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira (26), através das redes sociais do governador.

Professores temem contaminação nas escolas

O anúncio da possível volta às aulas em setembro gerou grande polêmica entre professores, pais e alunos da Serra. Os profissionais de educação temem uma contaminação em massa dentro das salas de aulas e dizem que as escolas públicas não possuem estruturas para atender alunos em meio à pandemia que afeta o mundo inteiro.

Nas últimas semanas, o TEMPO NOVO ouviu pais, alunos e professores sobre o possível retorno às aulas. Todos os ouvidos pela reportagem responderam “não” para a pergunta enviada: “Você concorda com a volta às aulas neste momento?”. Os profissionais da educação ainda relataram outros problemas que serão enfrentados pelas escolas, caso as aulas sejam retomadas. Entre eles, está a falta de estrutura: salas apertadas e com muitos estudantes em locais, que muitas vezes, recebem pouca ventilação.

Um outra preocupação dos profissionais é com o caminho dos estudantes para as escolas, já que muitos estudantes utilizam o transporte coletivo, que nos horários de picos estão sempre lotados. Muita aglomeração pode ser sinal de contaminação. E um aluno contaminado dentro da escola pode ser um grande risco para funcionários e estudantes.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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