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Serra é a cidade que mais ganhou moradores no ES e ultrapassa os 520 mil habitantes

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De acordo com o Censo 2022, do IBGE, a Serra foi a cidade que mais ganhou habitantes no Espírito Santo, ultrapassando os 520 mil moradores. Crédito: Arquivo Tempo Novo

O primeiro resultado do Censo 2022 mostrou que a população do Serra cresceu 24% de 2010 a 2022. O número de habitantes da cidade passou de 417.330 para 520.649, um aumento absoluto de 103.319 moradores. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28).

Os dados do IBGE ainda mostram que a população do Espírito Santo aumentou 9,1% de 2010 a 2022. Houve um aumento de 318.534 moradores, fazendo com que o Estado passasse de 3.514.952 para 3.833.486.


No ranking de população dos municípios, a Serra está:

  • na 1ª colocação no estado;
  • na 18ª colocação na região Sudeste;
  • na 41ª colocação no Brasil.

Com a Serra em 1º lugar no ranking de cidades que mais tiveram crescimento populacional, Vila Velha ocupa o segundo lugar, mas com ritmo menor do que o da Serra. Vila Velha ganhou 53.136 habitantes, passando de 414.586 para 467.722, um aumento de 12,8%, metade do registrado na Serra.

Ainda na lista das cidades que mais ganharam habitantes, vem Linhares e São Mateus. De acordo com o primeiro resultado do Censo 2022, Linhares ganhou 25.645 moradores no período, passando de 141.141 para 166.786, o que representa 18,2%.

Guarapari passou de 105.286 para 124.656 moradores, um crescimento de 18,4%. E São Mateus recebeu mais 14.557 moradores, passando de 109.193 para 123.750.

Já a capital do Espírito Santo registrou número de estabilidade no Censo de 2022. Ao comparar com a pesquisa feita em 2010, Vitória cresceu 1% em população. Naquele ano, a cidade tinha 319.738 moradores, e em 2022 o número passou para 322.869, um aumento de 3.131 moradores no total.

Entenda como a contagem da população é produzida e utilizada no Censo

Após uma série de atrasos, o IBGE divulgou nesta quarta-feira (28) os primeiros dados do Censo Demográfico 2022.

De acordo com a contagem, a população brasileira tem 203,1 milhões de habitantes. O nível de crescimento, contudo, vem caindo ao longo das décadas.

A seguir, entenda o que é o Censo, como é produzido e qual é a sua importância.

O que é o Censo, pesquisa que mostrou crescimento da Serra?

Trata-se do trabalho mais detalhado a respeito das características demográficas e socioeconômicas da população residente no Brasil.

Os indicadores levantados vão além da contagem de habitantes e também mostram informações sobre cor ou raça e níveis de educação e renda, por exemplo.

A apresentação dos resultados é feita em diferentes etapas. O calendário das próximas divulgações desta edição, contudo, ainda não foi confirmado pelo IBGE.

Além dos resultados nacionais, há informações de grandes regiões, unidades da Federação e municípios.

O Censo Demográfico é o único levantamento que tenta visitar todos os domicílios do país. Por isso, é considerado uma das operações estatísticas mais complexas do mundo.

A contagem populacional carrega diferenças metodológicas em relação a outros levantamentos do próprio IBGE. Pesquisas como a Pnad Contínua, também realizada pelo instituto, trabalham com amostras da população.

A Pnad calcula indicadores como a taxa de desemprego. As informações levantadas na contagem da população também servem para a atualização das amostras de outras pesquisas, inclusive a Pnad.

Uma amostra é uma parte da população escolhida para tentar representar o mais fielmente possível o grupo inteiro.

Como o Censo é feito?

Para realizar o Censo, o IBGE contrata trabalhadores temporários, incluindo os recenseadores, que são os responsáveis por visitar os lares brasileiros e fazer as entrevistas.

Na edição de 2022, o instituto identificou quase 90,7 milhões de domicílios no país. A alta foi de cerca de 34% em relação ao Censo anterior (67,6 milhões), de 2010.

A coleta dos dados de 2022 começou em 1° de agosto. Inicialmente, o IBGE planejava finalizar essa etapa em três meses, até outubro.

O instituto, contudo, encontrou uma série de dificuldades para avançar nos trabalhos. Assim, a fase de apuração do Censo, que incluiu coletas residuais, só foi encerrada em maio de 2023. Ou seja, a operação de campo se estendeu por quase dez meses.

Embora tente alcançar os moradores de todos os domicílios, é natural que o levantamento não consiga respostas na totalidade dos endereços.

Quando isso acontece, não só no Brasil, os institutos de pesquisas usam técnicas de imputação. Na prática, trata-se de estimativas do número de moradores dos domicílios sem as entrevistas.

Em 2022, a população imputada no Brasil foi de quase 8 milhões, o equivalente a 3,92% do total do Censo (203,1 milhões). A parcela contada, por sua vez, alcançou 195,1 milhões.

No Censo de 2010, o grupo resultante do processo de imputação havia sido de 2,8 milhões, segundo o IBGE. Foi menos de 2% do total à época (190,8 milhões).

Qual é a importância do Censo?

Os dados do Censo funcionam como base para a definição de políticas públicas e até decisões de investimento de empresas em determinadas regiões.

As informações também balizam os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos para as prefeituras.

A divisão do fundo é feita de acordo com o tamanho dos municípios. Ou seja, a redução da população pode resultar em receitas menores para as prefeituras.

Neste mês, o plenário do Senado aprovou um projeto de lei complementar que cria um período de transição de dez anos para o reenquadramento no FPM dos municípios com baixa nos coeficientes. A medida busca suavizar as possíveis perdas a partir do Censo.

A contagem populacional costuma ser feita a cada dez anos. Ao longo de cada década, o IBGE também produz estimativas populacionais, que são atualizadas a partir do Censo mais recente.

A nova contagem da população seria realizada em 2020, mas foi adiada para 2021 em razão das restrições da pandemia.

Em 2021, houve novo adiamento, devido ao corte de verba no governo Jair Bolsonaro (PL). Com isso, o Censo ficou para 2022, e só foi encerrado em 2023.

Gabriel Almeida

Jornalista há mais de 10 anos, Gabriel Almeida atua como editor-chefe e repórter. Escreve com experiência para diversas editorias do portal. Além disso, assina a importante coluna: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades.

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