Serpente ‘devoradora de jararaca’ é encontrada dentro de quintal de casa na Serra

Uma serpente conhecida na natureza por ser ‘devoradora de jararacas’ foi encontrada no quintal de uma casa em Praia de Carapebus, na rua Thiago Amâncio da Silva, na Serra.

Segundo o vereador e morador do bairro, Anderson Muniz, a cobra foi encontrada na manhã desta quinta-feira (28) e um vizinho resgatou a serpente. “Aparentemente parece uma muçurana e ela apareceu na casa de uma pessoa que tem criação de pintinhos. Chamamos a fiscalização de meio ambiente para dar prosseguimento ao caso”, conta Anderson.

O biólogo Cláudio Santiago, confirmou que se trata de uma Clelia clelia, conhecida também como muçurana. “Também pode ser chamada de cobra limpa-campo, cobra do bem, por ela se alimentar de outras serpentes, e dentro dessa alimentação a principal é a jararaca, da qual ela é imune ao veneno”, destaca Cláudio.

De acordo com Santiago, a serpente é venenosa, mas não representa perigo iminente a humanos. “O dente de inocular o veneno é no fundo da boca. Os casos de acidentes com esse tipo de serpente não são comuns. É uma cobra que vai se mostrar agressiva, mas basicamente não tem risco. Os proprietários do campo, as pessoas do campo, eles preferem manter essa cobra por perto, justamente por ela se alimentar de outras serpentes venenosas. Ela mata por constrição, tipo uma jiboia. Essa Clelia clelia, no ambiente onde foi capturada, a pessoa cria galinha, tem pintinhos e provavelmente tem ratos, este tipo de local é um atrativo muito grande para a jararaca que adora este tipo de situação e a muçurana foi atrás dela. Alimento fácil e esconderijo fácil, época do ano quente, as serpentes estão bem ativas”, detalha.

A Cleria cleria é uma serpente diurna, não é uma serpente noturna, por isso foi visualizada na luz do dia. “É uma serpente muito importante para o controle de cobras peçonhentas, principalmente por ser predadora da jararaca. Ela gosta de ambiente arenoso, aquático, lago, brejo, local pantanoso e serrado. Se enquadra no grupo das cobras d’água”, finaliza o biólogo.

Vale lembrar, que não é aconselhável manipular quaisquer tipos de serpentes. O ideal é deixar o animal quieto e tentar não mexer. Peça auxílio dos órgãos ambientais, que possuem preparo para este tipo de resgate.

Serviço

Resgate de animais silvestres (Fiscalização Ambiental)

3291-7435 / 99951-2321