Estado Presente, a valorização, estruturação e integração das polícias e endurecer contra o tráfico de drogas e armas. Estas são algumas das ações que o carioca, Roberto Sá quer promover na Secretária de Segurança Pública, onde é titular desde o início do ano. Ele esteve na Serra na última quinta-feira (24) visitando instalações das polícias e bombeiros. Para Roberto, a Serra precisa de atenção especial da Sesp e promete manter os números de homicídios em queda.
A agenda foi motivada pelo deputado Bruno Lamas (PSB) e acompanhada pela vice-prefeita Márcia Lamas, além do vereador Cabo Porto (PSB) e líderes comunitários.
Roberto Sá não adiantou novos investimentos na Serra, uma vez que ainda está em fase de planejamento, mas a previsão é um olhar atento para o município. “Assumimos agora, é um desafio e me sinto pronto. A Serra terá sim muita atenção do Estado, até porque o município está entre as 50 maiores cidade do Brasil e possui números de violência altos, ainda que nos últimos anos tenha caído”.
O secretário lembrou que o município deixou a liderança no ranking de homicídios, mas que a realidade ainda é muita violência e quer intensificar a presença do Estado na Serra “Essa queda de homicídios na Serra é importante, mas temos que evoluir. Precisamos integrar nossas polícias, reprimir o crime e punir com eficiência, assim vamos diminuir mais ainda estes índices. Investir na Serra é fundamental”.
Roberto explica que além de atuar na ponta com policiamento ostensivo, o Governo quer integrar vários setores como assistência social, projetos para oportunizar renda e se aproximar das comunidades. “Vamos retomar o Estado Presente, que é um programa abrangente, com uma visão global da segurança pública e que traz a comunidade para próximo da polícia e do Governo. Combater a impunidade e tirar armas de fogo das mãos de bandidos são caminhos para controlar a violência”.
Perguntado se a política do Governo Federal para facilitação do acesso a armas pode acabar indo na contramão dessa tentativa de desarmar bandidos, o secretário se disse preocupado.
“É uma questão complexa. O policial treinado, com experiência, muitas vezes se torna vítima de bandidos quando pego de surpresa. Tenho dúvidas se um civil vai efetivamente conseguir se defender mesmo armado, porque o fator surpresa é um problema nesses casos. Por isso, vamos aumentar nossas ações no sentido de tirar armas das mãos de bandidos. Agora, este cidadão que comprou uma arma com o objetivo de se defender tem que ter consciência da responsabilidade, defendo um endurecimento de leis para aqueles que utilizarem essas armas de forma errada”, comentou.
Sobre o crescimento do crime organizado no ES, Roberto minimizou.
“Não entendemos como uma coisa estruturada e financiada por grandes facções. Existem grupos fragmentados que estão se articulando, especialmente nas questões de tráfico de drogas e armas. O que não podemos deixar é evoluir, temos que combater firme para que não cresçam. Integrar a Polícia Federal e a PRF é muito importante para isso”.
Sobre a participação da Serra nestes núcleos de crime organizado, o secretário afirmou que não foi identificado nenhum movimento dessa natureza que relacione estes grupos à atuação no município.