Participando de um evento on-line, que discute a possibilidade de retomada dos estudos presenciais na manhã desta segunda-feira (24), o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, afirmou que a volta às aulas, mesmo em meio à pandemia causada pelo coronavírus, é urgente. Segundo ele, afirmação é no sentido de reconhecer que a escola aberta é “fundamental não só para o ensino, mas para a socialização, interação e observação dessas crianças”. A declaração ocorreu no Summit Educação Brasil 2020, promovido pelo jornal O Estado de São Paulo.
A afirmação do secretário vai no sentido contrário do que pensa a maioria dos professores do Espírito Santo, inclusive na Serra. Tanto que na última semana, os profissionais realizaram uma manifestação na sede da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). A categoria foi ouvida pelo TEMPO NOVO e informou que teme uma grande contaminação entre alunos, professores e outros profissionais dentro do ambiente escolar. Ainda segundo eles, as unidades não estão preparadas para uma pandemia.
Além da afirmação que a volta às aulas é urgente, Vitor Angelo criticou a “inversão de valores” das pessoas que não querem a volta às aulas, por medo de uma segunda onda do novo coronavírus, mas frequentam bares, praias e dizem não temer a pandemia. O secretário ainda destacou que o governo estadual não vai passar por cima das autoridades de saúde para reabrirem as escolas.
“O que parece que está acontecendo é que as pessoas não querem que a escola abra para fazer o que elas estão fazendo, em segurança. Ou seja: ir à praia, bares, shoppings, praças, quadras e etc. É uma inversão completa. Na verdade a nossa sociedade deveria ter feito o caminho inverso: aberto mão de ir a bares, shoppings, quadras e praças, para abrir escola, porque isso é urgente”, disse o secretário.
Durante sua participação no evento, Vitor ainda citou o caso da menina de 10 anos, estuprada pelo tio, em São Mateus, na região Norte do Espírito Santo. Segundo ele, esse tipo de situação, muitas vezes, é observada dentro da escola. “Então, quando a escola fecha, nós isolamos as crianças, adolescentes e jovens, dentro de casa. E, por mais que a gente mobilize todos os esforços para continuar o processo de aprendizagem dessas pessoas, é só isso: um processo de aprendizagem. Mas a observação do seu comportamento, a interação e todas as coisas que a escola traz, isso se perde”, disse.
O movimento Luta Unificada dos Trabalhadores da Educação (Lute-ES) criticou a fala do secretário por meio de uma nota publicada nas redes sociais. “Embora o secretário tenha dito que a Sedu não vai passar por cima da Secretaria de Saúde, vemos com muita preocupação esse tipo de declaração sendo proferido por meio do secretário, que equivaleu o fato de as pessoas irresponsavelmente estarem se aglomerando em bares, restaurantes, condomínios etc., com a urgência em reabrir escolas”, afirmou.
E continuou: “Nós, do Lute-ES, consideramos urgente salvar vidas e reivindicamos políticas efetivas de contenção da circulação do vírus e o retorno escolar presencial somente com vacinas. Não vale a pena brincar com a vida alheia: escola aberta significa mais pessoas circulando, em ônibus, nas ruas, se aglomerando nas escolas, correndo o risco de voltarem contaminadas para as suas comunidades e famílias. Já vimos o aconteceu em outros países e mesmo no Estado do Amazonas, que resolveu pelo retorno presencial e em três dias de testagem tivemos 162 profissionais testando positivo para a doença.”
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