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Sangue humano jogado em rio é de laboratório de Santa Teresa

O ponto onde a Cesan capta água no rio Santa Maria fica a cerca de 60km abaixo do local onde as ampolas com sangue humano foram descartadas. Foto: Arquivo TN

Bruno Lyra

O lixo hospital com sangue humano jogado em rio que abastece a Serra é de um laboratório de Santa Teresa, acusa a vigilância sanitária de Santa Maria de Jetibá, cidade onde aconteceu o descarte ilegal. Agora o caso está sendo apurado pela Prefeitura de Santa Teresa.

De acordo com o prefeito de Santa Teresa, Gilson Amaro (Dem), o município foi notificado na última quinta – feira (21) pela prefeitura de Santa Maria de Jetibá, que investigava a situação desde o último dia 04 de junho.

“Recebemos o material descartado no rio e montamos uma comissão para apurar a responsabilidade. Enquanto não tivermos a convicção de que o laboratório acusado é mesmo o responsável, não podemos divulgar para não cometer injustiça”, argumenta.   

Gilson acrescenta que a situação gerou surpresa na cidade, uma vez que Santa Teresa custeia a coleta e destinação de todo lixo hospitalar e de laboratórios, públicos e privados. “Isso acontece há 15 anos, fazemos parte de um consórcio, o Condoeste, que integra 22 municípios para a destinação do lixo, que vai para um aterro licenciado em Colatina”, explica.

Nem Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) nem a Secretaria de Estado da Saúde passaram informações sobre o caso.  

Por sua vez a Cesan garantiu que não há risco para o morador da Serra, nem de Cariacica, Vitória e Fundão (Praia Grande), cidades atendidas pelo rio Santa Maria na Grande Vitória. Segundo a assessoria de imprensa da empresa não houve mudança na qualidade da água do manancial captada no Queimado, zona rural da Serra. E nem mudança na rotina do fornecimento de água à população. Cerca de 600 mil pessoas são abastecidas pelo rio.

Os resíduos foram lançados no lago artificial formado pela represa de Rio Bonito, em Santa Maria de Jetibá. Um vídeo feito por pessoas que estavam na represa mostram caixas de papelão contendo ampolas com sangue e nome dos pacientes. O vídeo circulou na internet na 1ª quinzena de junho teve grande repercussão.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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