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Rodrigo Caldeira está a um pé de deixar o partido de Audifax para se filiar no PDT de Vidigal

Caldeira é o presidente da Câmara da Serra. Foto: Gabriel Almeida

O presidente da Câmara da Serra, Rodrigo Caldeira está próximo de fazer uma curva de 180° e se filiar no PDT, do deputado federal, Sérgio Vidigal. Atualmente Caldeira está no partido Rede, que é liderado pelo prefeito Audifax Barcelos. As especulações já tomaram conta dos bastidores políticos nessa reta final do prazo para filiações partidárias visando a eleição desse ano.

Desde 2019, quando Caldeira liderou uma manobra de vereadores oposicionistas que queriam cassar o mandato de Audifax, o presidente da Câmara e a Rede passaram a não falar a mesma língua. Desde então, Caldeira vem procurando uma sigla partidária para se abrigar.

Na ocasião, um grupo de vereadores sob o controle de Caldeira abriu várias frentes de investigação contra o prefeito – posteriormente barradas pela Justiça. Como reação, Audifax convocou uma coletiva de imprensa no dia 4 de abril, do qual acusou o presidente da Câmara de querer derrubá-lo por motivações espúrias. Acusações também rebatidas por Caldeira.

A situação foi se agravando ao ponto da Câmara travar os projetos do Executivo com a finalidade de ‘estrangular’ a gestão de Audifax. Entretanto, em julho foi selado uma trégua entre líderes da oposição e o prefeito. Desde então, foi estabelecida uma relação de diálogo entre Executivo e Legislativo, embora, politicamente Caldeira e Audifax não falassem a mesma língua.

Agora, com o prazo se encerrando para as filiações partidárias – 4 de abril, Caldeira estreita o diálogo com o PDT, para entrar oficialmente no time de Vidigal e ser candidato a reeleição na Câmara da Serra. De acordo com informações confirmadas no meio político, já teriam sido feitas reuniões para ajustar a filiação de Caldeira e o caminho estaria bem pavimentado.

Caso ocorra, apesar e não ser necessariamente uma surpresa, é simbolicamente um fato político muito forte, dado o tamanho da crise que Caldeira desencadeou contra Audifax durante o ano passado.

O mais curioso é que recentemente o PDT expulsou três vereadores de mandato (Fábio Duarte, Geraldinho PC e Nacib Haddad) com o objetivo de limpar a chapa de vereadores e atrair com mais facilidade nomes com potencial de votos para eleição proporcional.

Com Caldeira na chapa, uma vaga já é dada como certa para o presidente da Câmara. Além disso, fortes especulações dão conta da possibilidade do filho de Vidigal, Dudu Vidigal vir como candidato à vereador pelo PDT.

Nas contas mais otimistas, o partido deverá eleger até três candidatos. O bastidor político comenta que com Caldeira e Dudu na chapa, as chances dos demais 33 candidatos se resumiriam à terceira vaga. Isso, caso o partido atinja coeficiente eleitoral para três cadeiras, fato que ainda gera dúvidas diante de uma eleição radicalmente imprevisível, assim como foi em 2018.

Mesmo que interlocutores de Vidigal eventualmente neguem que Dudu será candidato, os demais pré-candidatos a vereadores relembram do histórico de Vidigal em privilegiar familiares. Haja vista em 2018 quando Vidigal colocou na disputa de deputado estadual, a esposa, Sueli Vidigal. Fato que gerou um racha velado entre ele e um de seus aliados, o vereador Ailton Rodrigues (PSC), que esperava apoio do ex-prefeito na eleição e ficou isolado na disputa.

Vidigal segue em ritmo de campanha, e fez muita política nesse intervalo de março-abril, que é o período de mudanças partidárias. Ele é tido como candidato a prefeito sob qualquer circunstância, e desde o início do ano já vem fazendo reuniões e caminhadas em bairros. A alta quilometragem política dá a Vidigal a dianteira em pesquisas eleitorais feitas internamente por partidos. Entretanto, também gera forte rejeição, o que tem estimulado e ‘tirado o medo’ de outros pré-candidatos que identificaram no eleitorado da Serra um desejo de mudanças.

É certo que Vidigal se prepara para a eleição, e seu adversário é Audifax – mesmo que esse não esteja diretamente na disputa. Ter Caldeira ao seu lado, significaria influência direta em um dos poderes municipais, que ordena R$ 35 milhões de orçamento público e tem poder de nomear centenas de cargos comissionados; além de deter influência na vida administrativa da cidade. O jogo vai se afunilando e Caldeira com Vidigal, tem muito a ver.

Redação Jornal Tempo Novo

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