Na última segunda (29) é comemorado o Dia Nacional de Enfrentamento ao Fumo. E com o intuito de promover os objetivos desta data, que busca reforçar as ações de sensibilização, prevenção e cuidado contra o uso do tabaco, desde 2008 a Prefeitura da Serra integra o Programa de Tabagismo como uma das prioridades na saúde da cidade.
Com uma equipe composta por médico, enfermeiro, farmacêutico, psicólogo, assistente social, professor de educação física e nutricionista, os interessados em participar do programa são acolhidos pelas Unidades de Saúde do município. Posteriormente, testes para avalição do grau de dependência da nicotina são realizados para o avanço das próximas etapas do tratamento.
Dessa forma, após o cadastro, os futuros participantes são inseridos em uma lista de espera e em seguida são convocados gradativamente para receber o tratamento contra o tabagismo.
De acordo com as informações da Secretaria de Saúde da Serra, de agosto de 2021 até agosto de 2022 cerca de 100 novos usuários foram contemplados com tratamento. Anteriormente, assim como outros serviços, o programa precisou ser interrompido devido à pandemia da Covid-19.
+ Serra abre novo agendamento para se vacinar contra a Covid-19
Além disso, foi ressaltado que, segundo dados da Saúde da Serra, cerca de 60% dos pacientes que buscaram o serviço pararam de fumar.
Sendo assim, quem estiver interessado em participa do ‘Grupo de Apoio ao Tabagista’ deverá apresentar, na Unidade de Saúde, o cartão SUS, comprovante de residência, documento de identificação original e com foto e a inscrição realizada pela unidade de referência do usuário.
Especialistas alertam riscos do hábito de fumar
O hábito de fumar pode tornar-se um gatilho para o aparecimento de doenças graves. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 70% das pessoas com câncer de boca fumam. Outro dado preocupante: a estimativa para o triênio 2020-2022 é de 15.190 novos casos da doença. Desse modo, somando os casos de câncer bucal e de laringe, essas doenças ocupam o segundo lugar em incidência no país.
Segundo Menala Scardini que é odontologista e possui uma clínica odontológica em Laranjeiras, o uso crônico do cigarro é considerado um fator de risco para uma série de doenças bucais. “Dentre os principais danos estão o câncer de boca, a doença periodontal, o mal hálito, o escurecimento dos dentes e da mucosa oral, além da diminuição da salivação e do paladar”.
Ela também comentou que o cigarro agride as células da mucosa bucal, prejudicando a cicatrização e diminuindo a resposta imunológica. “O que deixa o organismo ficar mais sujeito à ação de bactérias, fungos e vírus. Por isso, os fumantes tem maior risco de desenvolver a doença periodontal, que é a inflamação da gengiva e dos tecidos que sustentam o dente, causando sangramento, perda óssea e até a perda dos dentes”, explicou.
