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Protocolo de intenção de cooperação para restaurar Queimado será assinado na quinta (20)

Situação das ruínas atualmente: risco de queda e perda do patrimônio. Foto: Gabriel Almeida

Melhoria e o reforço das paredes das ruínas da igreja de São José do Queimado, palco da maior revolta de escravos do Espírito Santo, ocorrida em 1849, estão perto de saírem do papel. Isto porque, está prevista para ser assinada nesta quinta-feira (20), a assinatura do Protocolo de Intenção de Cooperação Técnica e Financeira com o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades) para a restauração das ruínas. O evento será na Praça da Estátua Chico Prego, na Serra-Sede, às 19 horas.

A prospecção arqueológica foi realizada no local pela empresa A Lasca Consultoria e Assessoria em Arqueologia, empresa contratada pelo município para fazer trabalho. O estudo custou R$ 214 mil.

O reforço das paredes e a instalação de plataformas na entrada e interior da igreja para permitir a visitação sairá a R$ 1,2 milhão.

A Insurreição do Queimado, como ficou conhecida a revolta dos escravos, é considerada por especialistas como o principal movimento contra a escravidão no Espírito Santo. No dia 19 de março de 1849, aconteceu a revolta de escravos, que se deu por conta de uma promessa não cumprida de liberdade, feita pelo frei Gregório José Maria de Bene aos escravos da localidade de São José do Queimado, hoje distrito da Serra. Mais de 300 homens, mulheres e até crianças participaram desta rebelião capitaneada por Chico Prego, João da Viúva, Eliziário Rangel e muitos outros líderes.

Os rebelados foram presos e julgados, cinco deles condenados à morte. Um dos líderes da Revolta, Eliziário, escapou da cadeia e refugiou-se nas matas do Mestre Álvaro e nunca mais foi recapturado. Chico Prego foi capturado e enforcado, em 11 de janeiro de 1850.  Hoje, ele nomeia a Lei de Incentivo Cultural do Município, a estrada de acesso a Queimado, além de dar nome a uma praça, na Serra-Sede, que possui inclusive uma estátua de mártir.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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