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Proibição da lagosta e camarão por conta do óleo atinge em cheio Serra e resto do ES, diz pescador

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Pescadores de Jacaraípe estão entre os afetados pelo óleo. Segundo presidente da Federação de pesca, Manuel Bueno, profissionais capixabas ainda não foram incluídos no defeso extra prometido pela União. Foto: Fábio Barcelos

A instrução normativa do Governo Federal que proíbe a pesca de lagosta e camarão no litoral do Nordeste até a divisa com o ES a partir desta sexta-feira (01) até 31 de dezembro por risco de contaminação química do petróleo atinge em cheio pescadores e toda rede de restaurantes, peixarias e atividades associadas no Espírito Santo. É o que afirmou na manhã desta quarta-feira (30) o presidente da Federação das Associações de Pescadores do Estado do Espírito Santo, Manuel Bueno, o Nego da Pesca.

Segundo o dirigente, que é pescador artesanal e morador de Jacaraipe – Serra, a proibição engloba a região do entorno do arquipélago de Abrolhos, que fica no extremo sul da Bahia perto da divisa com a costa capixaba. A região possui a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul.

“Lá é o principal ponto pesqueiro dos pescadores da Serra e dos outros municípios do Estado. O prejuízo será enorme. Vai afetar restaurantes, peixarias, supermercados, todo mundo que trabalha com pescado ou presta serviço para gente que atua nessa área. No Espírito Santo tem 10 mil pescadores que atuam no mar, só na Serra são cerca de 600”, pontua Nego.

Já existe a proibição ordinária da pesca dos crustáceos, na época do defeso. Em parte do litoral baiano e na divisa com Espírito Santa ela ocorre entre 1º de abril a 15 de maio e entre 15 de setembro e 15 de outubro. Na prática, a medido do Governo Federal por causa do óleo amplia esse defeso em mais dois meses e num período do ano em que normalmente não ocorreria. Não só a pesca fica proibida, como também venda, armazenamento do pescado, incluindo em restaurantes.

Nos períodos de defeso, pescadores recebem auxílio de R$ 988 do Governo Federal, que já anunciou parcela extra aos profissionais nordestinos afetados pelo óleo no mar. Mas, segundo Nego da Pesca, para capixabas até agora nada. “Estamos sendo ignorados. Podíamos estar ajudando no monitoramento do avanço do óleo, pois no mar não tem fiscalização, somos nós que estamos lá”, critica.

Manuel disse ainda que apesar das manchas mais ao sul terem sido detectadas na região de Ilhéus, sul da Bahia e distante em linha reta está a pouco mais de 400 km do litoral do ES, é provável que a contaminação chegue as águas capixabas. “A maior preocupação é que atinja os corais e manguezais do norte do estado, que já foram afetados pela lama da Samarco. Será a morte deles se isto acontecer. Temos companheiros que saíram para pescar no entorno de Abrolhos, eles estão incomunicáveis no momento, mas iremos saber em breve como está a situação por lá”, frisou.

Até agora, o óleo bruto derramado no oceano Atlântico já atingiu mais de 200 praias de mais de 80 municípios nos nove estados nordestinos. Há expectativa de que o óleo, por conta de correntes marinhas que fluem do Nordeste em direção ao Sudeste do país, chegue ao Espírito Santo, que no último dia 22 montou comité de emergência, com participação de órgãos estaduais e federais, para monitorar o desastre / crime ambiental e tentar minimizar efeitos.  Rio de Janeiro e até São Paulo também já se movimentam para uma eventual contaminação.

Até o momento, não se sabe a origem do vazamento.

 

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