Empresários capixabas já contabilizam os prejuízos após o início da greve dos policiais militares, deflagrada no sábado, e que tem gerado o caos no Espírito Santo.
Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio) o prejuízo acumulado nos últimos dias chega a R$ 4.5 milhões. Em nota, a federação orienta seus associados que “avaliem as possibilidades de abrir ou não seus estabelecimentos, tendo em vista o clima de insegurança, especialmente na Grande Vitória”.
Na Serra, o presidente da Associação dos Empresários, Remegildo Gava, falou sobre o problema, adiantando que deverá se reunir com o empresariado após este momento de crise para debater as próximas ações.
E voltou a falar da imagem do Espírito Santo perante investidores. “A imagem tem um custo para o Estado, sobre futuros investimentos, Estado e instituições que o representam fazem este papelão. A reivindicação é justa, mais que justa, a forma foi ruim, A instituição política perdeu. Quanto aos saques e outras situações registradas são o retrato do nosso pais. Como vamos para um forum discutir a poliitca e criticar os politicos se todos fazem isso?”, questionou.
Nas redes sociais, o deputado federal Givaldo Vieira (PT) divulgou que está tentando viabilizar a criação de uma comissão externa para acompanhar, monitorar e somar esforços junto aos governos para buscar soluções à crise.
Já o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) se reuniu com o general Marco Aurelio de Almeida, do Ministério da Defesa, para discutir o assunto e pedir reforços para a segurança do Estado.
O deputado estadual Bruno Lamas (PSB) disse em pronunciamento na Assembleia Legislativa que em reunião ocorrida no Palácio Anchieta, com a presença do governador em exercício, César Colnago (PSDB) e de outras autoridades, ficou decidido que 120 homens da Força Nacional serão deslocados para Serra (todos) onde a situação é mais crítica; mais 80 homens do Exército serão deslocados exclusivamente para a cidade.
O Ministério Público solicitou aos Comandantes de Batalhões o cumprimento da decisão judicial expedida ontem pela manhã pelo desembargador Robson Luiz Albanêz tratando a volta do policiamento nas ruas.