Por Ayanne Karoline
A economia municipal pode ser mais aquecida no segundo semestre. É que no dia 16 de julho será lançado o Plano de Desenvolvimento da Serra que vai incluir descontos tributários e redução de taxas para os empreendedores. A expectativa é que novas empresas se instalem na cidade e gerem, aproximadamente, cinco mil empregos.
Como incentivo, estão previstas reduções de impostos e taxas, que podem chegar a até 100% no ITBI, IPTU e ISS. Outro beneficio será o desconto de até 50% nas taxas de licença e autorizações expedidas pela Prefeitura. A duração inicial do benefício é de cinco anos, a partir do início do faturamento da empresa, podendo ser prorrogada.
O Plano de Desenvolvimento, através do seu programa Desenvolve Mais Serra, trará pontuações para definir os benefícios e percentuais, tanto para novos quanto para os empreendimentos já instalados. Entre os critérios, está o número de empregados, tempo de atividade, faturamento e ramo.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico da Serra, Erly Vieira, há interesse em atrair comércio atacadista e de alimentos, condomínios, confecção, entre outros. Até o local escolhido para a instalação da empresa pode gerar mais ou menos pontos. “O polo de Cercado da Pedra é um dos que apresenta maior pontuação, seguido do Serra Log”, antecipou.
Para o setor econômico o Plano deverá ser bem-vindo. Este ano a Serra pode registrar o menor número de empresas abertas desde 2013. Até esta semana, foram 1.086 novas empresas. Se mantiver a média do primeiro semestre, a cidade não alcançará os dados do ano passado, que chegaram a 2.501 empresas e talvez não alcance os de 2013, onde 2.144 novos negócios foram abertos.
Crise pode abrir portas para empreender
Não é novidade que o cenário econômico do país é desfavorável. Mas o que poucos sabem é que os tempos de crise podem se tornar janelas para as oportunidades e empreender pode ser a solução.
Foi o caso da moradora de Nova Almeida, Elbora Santos Timóteo, que estava desempregada há três anos. Hoje é proprietária da Delicius Doces Personalizados. “Reverti um momento de crise, potencializando uma habilidade que eu já tinha e adequando a minha necessidade como mãe. Foi um sucesso, pois tenho já tenho pedidos até o fim do ano”, comemora.
A crise econômica no país assustou, porém há quem ainda aposte no próprio negócio. É o caso do empresário Thiago Borges, de Barcelona. Ele, que já era dono de um restaurante no bairro, abriu uma academia onde investiu R$ 800 mil, entre obras e equipamentos, e hoje gera dez empregos diretos. “Percebi que havia demanda e hoje a Soul Fitness completa 11 dias e já conta com mais de 200 alunos”, comemora.
O superintendente do Sebrae/ES, José Eugenio Vieira, afirma que algumas pessoas aproveitam o momento para abrir empresas que resolvam problemas existentes ou que inovem algum nicho específico. Outros, diante do desemprego, ou até mesmo para aumentar a renda, empreendem por necessidade.
“Mas é preciso atenção, pois a falta de planejamento é um erro muito comum, e um dos que levam à falência”, orienta.
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