Prefeitura vai apagar nomes marcados em vagas de estacionamento na orla de Jacaraípe

Os nomes de Mauro, Edson, Andrique, Rogério e tantos outros fixados em vagas públicas de estacionamento na orla de Castelândia, em Jacaraípe, na Serra, serão apagados pela Prefeitura da Serra. A informação foi confirmada, mais uma vez, ao Jornal Tempo Novo, após afirmações de alguns leitores de que a pintura seria uma demarcação para feira livre e não uma tentativa de segurar vagas públicas para veículos.

Por meio de nota, a Prefeitura garantiu que não autorizou a intervenção e disse que uma equipe vai ao local pintar os nomes e linhas feitos na pista. O Município também não confirmou a informação de que as marcações teriam sido feitas para auxílio de ambulantes.

“A Prefeitura informa que não autorizou esse tipo de intervenção e que fará a pintura do local”, diz o texto da nota.

Entenda o caso

Mauro, Edson, Andrique e Rogério. Estes são apenas alguns dos muitos nomes fixados em vagas públicas de estacionamento situadas na orla de Castelândia, em Jacaraípe, na Serra. A cena, inusitada e ilegal, chamou atenção de turistas que temiam estacionar seus veículos na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes devido a misteriosa demarcação feita por alguém não autorizado pela Prefeitura da Serra.

Imagens feitas pela reportagem mostram diversos nomes pintados no chão da avenida beira mar. Quem fez as marcações? Essa é uma reposta que ninguém sabe responder. Entretanto, uma situação chama a atenção dos moradores: as pinturas de estacionamento foram feitas em frente a um condomínio de colônia de férias de uma mineradora.

Motoristas que foram para a praia de Castelândia em veículos ficaram receosos em estacionarem os carros e motos nas vagas com nomes, já que temiam estar ocupando uma vaga privativa. “Eu sei que a rua é pública, mas fiquei com medo da prefeitura ter autorizado algum condomínio ou empresa a determinar de quem seria a vaga do estacionamento. Mesmo assim, utilizei o espaço, pois isso aqui é tudo da população e não do setor privado”, disse um morador da Serra que preferiu não se identificar.