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Prédio do Aristóbulo é demolido e moradores cobram obra da nova escola

O prédio principal do Aristóbulo foi demolido no último fim de semana. Governo do Estado ainda não tem previsão para início da nova obra. Foto: Gabriel Almeida

O prédio da Escola Estadual Aristóbulo Barbosa Leão, em Laranjeiras, foi demolido no último fim de semana e o Governo do Estado continua sem previsão para a construção da nova unidade de ensino. Enquanto isso, moradores seguem recolhendo assinaturas para um abaixo-assinado que será encaminhado ao Ministério Público do ES, afim de que o órgão investigue os gastos na obras.

A decisão de derrubar a escola veio após o Estado avaliar que a estrutura não estava em boas condições. Entre aluguel no espaço provisório em Jardim Limoeiro, onde o ABL está funcionando, mais as obras no prédio original, já foram gastos quase R$ 12 milhões.  A demolição da estrutura custou mais R$ 290,7 mil aos cofres públicos a empresa contratada para realizar o serviço foi a BC Engenharia e Arquitetura Eireli- ME. Vale lembrar que foi demolido somente o prédio principal da escola, onde aconteciam as aulas. Serão mantidos da estrutura atual, a cozinha e áreas de apoio, refeitório coberto, área serviços, vestiário, auditório e quadra poliesportiva

Na última terça-feira (18), o Governo do Estado firmou um convênio com a Arcelor Mittal Tubarão. A empresa ficará responsável pelos projetos de arquitetura e engenharia da unidade escolar. Os projetos vão custar R$ 378 mil e serão custeados pela empresa.

Perspectiva de como deve ficar o Novo Aristóbulo Barbosa Leão. Foto: Divulgação / Sedu

Segundo o Governo do Estado, a previsão para o início do processo de licitação que irá contratar a empresa que ficará responsável pela obra será iniciado ainda em dezembro deste ano. Mas não deu a data prevista para início das obras.

Diante dos gastos dos recursos públicos e a demora para uma solução, os moradores de Laranjeiras, juntamente com alunos da escola, estão realizando um abaixo-assinado para encaminhar ao Ministério Público. A intenção é pedir ao órgão que investigue a obra.

Lusmar Furtado é uma das moradoras que está à frente do abaixo-assinado. “Queremos que as pessoas assinem online para que possamos encaminhar o abaixo-assinado para o Ministério Público. Queremos que eles investiguem essa obra e que a nova comece. Com a demolição do prédio, queremos o início das obras”, disse.

O abaixo-assinado eletrônico está no endereço https://goo.gl/4kqZfC.

Escola deve ser construída em dois anos

Em abril deste ano, a reportagem conversou com o então Secretário de Educação, Haroldo Rocha, que explicou que assim que as obras forem iniciadas, a escola deverá ser entregue em cerca de dois anos. “Nós não podemos dar um prazo certo (de início das obras), porque o projeto está em fase de finalização e logo em seguida abriremos a licitação para a contratação da empresa. Só depois disso podemos dar um prazo final para a obra. Mas se tudo der certo, a obra pode ser concluída em dois anos”, afirma.

De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Sedu), a idéia é construir a nova escola com a utilização de paredes pré-produzidas e materiais como madeira, aço e vidro. Ainda disse que deve se utilizada alta tecnologia para que a construção da unidade escolar seja rápida.

Quando a escola estiver pronta e em funcionamento, as atividades pedagógicas e administrativas serão todas num bloco principal, com três pavimentos mais um subsolo, formando um pátio de convívio coberto.

As ‘atividades de apoio’ estarão amparadas nos blocos já existentes, que serão aproveitados: cozinha e áreas de apoio, refeitório coberto, área serviços, vestiário, auditório e quadra poliesportiva coberta.

O novo Aristóbulo Barbosa Leão ofertará 24 salas de aulas, laboratórios (Química e Biologia, Física e Matemática, e Informática), salas mais amplas para desenvolvimento de atividades como dança, música e artes, incluindo uma galeria de exposição, duas salas multiusos, ampla biblioteca e duas salas de recurso.

Construção da escola Aristóbulo Barbosa Leão. Foto: Arquivo Público do Espírito Santo.

Entenda a obra

O prédio do ABL, em Laranjeiras, tem 41 anos e começou a ser reformado em 2012. O custo divulgado na época era de R$ 9 milhões, e a reforma deveria ter sido entregue em julho de 2014. Porém, as obras foram paralisadas naquele ano. O motivo, de acordo com o Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes), é que a empresa contratada para executar o serviço faliu e abandonou o trabalho.

Logo no início das obras em 2012 os alunos foram levados para um espaço provisório onde funcionava uma faculdade em Jardim Limoeiro, ao lado do cruzamento entre as rodovias Norte – Sul e ES 010. Ao longo desses anos, o prédio vem sendo motivos de queixas e protestos de estudantes, que alegam falta de estrutura. Dentre eles espaço precário para educação física, ausência de ar condicionado, ventiladores e parte elétrica com problemas constantes, além dos riscos de assaltos nas redondezas.

Ao todo, foram gastos R$ 6 milhões com a reforma não concluída e R$ 5,8 milhões de aluguel (cerca de R$ 78 mil mensais atualmente) do prédio da faculdade de acordo com dados do Portal da Transparência. Somados os valores, chega-se a R$ 11,8 milhões, montante que já ultrapassou o investimento na reforma previsto pelo Estado. Fora o custo de R$ 290,7 mil da demolição.

Aristóbulo poderá ser transformado em Escola Viva

Em julho deste ano foi anunciado pelo Jornal ATribuna que o Aristóbulo Barbosa Leão seria transformado em uma Escola Viva, programa do Governo do Estado onde alunos estudam em tempo integral e o custo total da obra seria de R$ 10 milhões. N ocasião, a reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Educação (Sedu) para confirmar a informação, mas até o momento não recebeu retorno da demanda.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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