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Poeira e risco de deslizamento entre Taquara e Barcelona

 

Moradores sofrem há anos com a falta de gestão ambiental do terreno, encravado entre bairros populosos da cidade. Foto: Renato Ribeiro

Por Renato Ribeiro

Imagine ter que limpar a sua residência 4 ou 5 vezes por dia, diante da grande quantidade de poeira nos móveis, eletrodomésticos e no seu quintal? Essa tem sido a realidade de grande parte dos moradores do bairro Taquara II que não suportam mais a quantidade de pó vindo de um terreno na Avenida Samuel Meire Brasil, que há anos gera transtornos à comunidade.

Além do incômodo com a limpeza, os moradores relatam que é comum crianças e idosos com problemas respiratórios por causa da situação.

Para o morador Patrick Coimbra Ribeiro, desde que o terreno foi utilizado para extração de terra para obras do aeroporto de Vitória, os problemas começaram a ocorrer. “Enormes crateras foram criadas no terreno para extração de barro. O pouco de vegetação que existia lá foi retirado. Com a seca que estamos vivendo, a poeira tomou conta do nosso bairro”, disse.

Patrick alerta ainda que nos períodos de chuva, o risco de queda de barreira na Norte-Sul é iminente. “A Norte-Sul chegou a ser interditada em novembro de 2013 por conta de uma queda de barreira e da quantidade de barro levado pela agua até a pista. A possibilidade disso acontecer novamente é muito grande, já que existem pilhas de barro no local”, alerta.

Outro morador que não anda nada satisfeito com a situação do bairro é o engenheiro de produção Bruno Brito. Segundo ele, a quantidade de poeira que chega até as residências é tão grande, que ele já pensa em mudar do bairro onde cresceu.  “Limpamos a casa 4 ou 5 vezes ao dia. Num momento onde vivemos uma crise hídrica, é surreal ter que lavar o quintal todos os dias”.

A prefeitura da Serra, através de sua assessoria de imprensa, informou que o proprietário já foi notificado a realizar medidas emergenciais para conter a poeira. Por conta da seca, ele deve fazer o recobrimento do solo e cortina vegetal.

Quanto aos possíveis deslizamentos, foi pedido estudo para verificar a estabilidade e a partir do resultado será proposta medida para a contenção. Mas a prefeitura não informou se exigiu prazo do responsável, que não teve o nome divulgado.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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