PM confirma 2ª morte em Nova Almeida, diz que vai apurar, mas família pede justiça

João Pedro Farias de Souza, de 18 anos; foi o 2º óbito confirmado pela Polícia Militar durante o confronto que ocorreu em Nova Almeida, na manhã dessa quarta-feira (27). O bairro foi tomado por um intenso clima de tensão, após um policial que realizava uma patrulha se sentir ameaçado por um homem.

O PM teria efetuado um disparo após o homem ter levado as mãos à cintura no momento da abordagem. Com ele, foram encontrados uma pistola e um carregador com 17 munições.

Tudo começou às 8h; e após o primeiro óbito, traficantes impuseram uma toque de recolher; a Polícia respondeu e entrou em confronto. Moradores da região acabaram se envolvendo na confusão e próximo do meio dia, João Pedro foi atingido por disparos na parte do pescoço e ficou caído na praça central de Nova Almeida; ele foi encaminhado para o hospital, mas não resistiu.

A reportagem foi procurada por um familiar de João Pedro e sob condição de anonimato o familiar afirmou que o rapaz tinha 18 anos, era estudante da escola Virgínio Pereira, que fica localizado Nova Almeida Centro. “Rapaz novo, muito caminho pela frente, estava em busca de uma vida melhor”, disse o familiar.

A pessoa ainda se disse indignada com a ação policial, que de acordo com ele foi exagerada. “Eles vieram brutalmente para cima dos moradores; João Pedro tinha uma mãe, uma mulher, irmão, uma irmã e um sobrinho. Todos do bairro estamos abalados”.

O familiar disse ainda que no passado, João Pedro já teve envolvimento com tráfico, entretanto, “saiu desse mundo em busca de uma vida melhor”; e completou: “Ele estava estudando, todo mundo da escola Virgínio conhece ele. Queremos Justiça”, finalizou o familiar.

A Polícia Militar convocou uma coletiva de imprensa na tarde de hoje (27); o capitão Diego D’avilla, subcomandante da 14ª Companhia Independente da PM, confirmou os dois óbitos: o primeiro referente ao homem que estava portando a pistola com carregador estendido e tinha uma extensa ficha criminal; e morreu na região de Gaivotas depois de ser baleado por um policial que se sentiu ameaçado após ele ter levado as mãos a cintura.

Já o segundo óbito é referente ao João Pedro de 18 anos, que de acordo com o capitão, ainda está sob investigação policial. “Socorremos esse outro cidadão (referindo-se a João Pedro) que acabou vindo a óbito no hospital. Esse segundo foi resultado de toda essa situação, mas ainda vai ser verificado em qual momento ele foi baleado e de onde partiu o disparo. O que se sabe, até então, é que ele tem passagem por tráfico”, afirmou o capitão Diego D’avilla.