Por Yuri Scardini
Está se tornando uma concórdia no meio político a crença de que o governador Paulo Hartung (PMDB) trabalha para a reeleição em 2018. Este primeiro semestre do ano foi marcado por borrascas políticas para Hartung, em especial a crise da segurança pública em fevereiro e a citação de seu nome no âmbito da Lava Jato. Porém, passado os seis primeiros meses, Hartung avivou de vez sua movimentação.
Hartung vem promovendo uma jornada pelos municípios de interior e se fazendo valer da poderosa máquina do Estado e desobstruindo o campo político. O exemplo é o “pacote das bondades” que permite aos municípios arrochados pela crise econômica flexibilizar o uso do Fundo para Redução das Desigualdades Regionais, autorizando prefeitos a pagar custeio da máquina com estes recursos.
No campo partidário, o governador que tem a prerrogativa da reeleição, senta no cargo e “segura” uma possível candidatura da senadora Rose de Freitas (PMDB). Além disso, o governador segue mantendo em seu campo de influência, a cúpula de partidos que em tese, “deveriam” seguir por outros caminhos, como o PT e o PDT.
Além disso, no outro lado, Hartung vem encurralando os adversários, a se considerar o desmonte do PV, com a saída do prefeito de Viana, Gilson Daniel e a provável saída do deputado federal Evair de Melo. O PV junto PSB, PPS e Rede formam o quarteto dos “não-Hartung”. Estes partidos vêm com dificuldade para lançar nomes competitivos em especial para a Câmara Federal e o Senado. Excluindo o deputado Paulo Foletto e o ex-governador Renato Casagrande, o quarteto de partidos ainda tem que formar quadros para bater de frente com a enxurrada de aliados de Hartung que devem entrar nessas disputas.