Falta de condições de trabalho e um pátio lotado de veículos recolhidos diariamente. Esta é a situação do pátio da Polícia Civil que fica em Alterosas, na Serra. A constatação foi feita pelo presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES) e vice – presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Jorge Emílio Leal que esteve no local na última quinta-feira (6).
Segundo o presidente, o pátio da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos – unidade de Alterosas – já não suporta a grande quantidade de veículos que chegam diariamente. Muitos já estão ocupando os espaços destinados a parte administrativa. “O local conta somente com cinco policiais que se desdobram para atender os serviços de administração, vistoria, perícia, cadastramento e entrega de veículos”, destaca Jorge.
Com o crescente número de ocorrências referentes ao número de furtos e roubos de veículos, Alterosas chega a receber uma média de 10 carros por dia, podendo aumentar para 40 nos finais de semana e feriados. Hoje, o pátio está superlotado e os números assustam. São 5.000 motocicletas e 2.000 carros apreendidos que ficam amontoados no espaço.
Jorge Emilio denuncia também as condições estruturais que são precárias. “A iluminação é péssima, várias lâmpadas estão queimadas. O ambiente é totalmente insalubre, em virtude da poeira contínua misturada com cimento e com pó de mineiro, uma verdadeira escória que serviu de aterro para o pátio. Com somente quatro vigilantes patrimoniais – um por turno – o espaço sofre com as invasões de criminosos que aproveitam do baixo efetivo para furtar algumas motocicletas”.
Jorge Emílio também reclama que grande parte dos veículos ali localizados estão com combustíveis no tanque, um potencial risco de incêndio. “Muitos automóveis estão com os vidros quebrados, expostos as intempéries, facilitando a ação do mosquito Aedes Aegypti”.
A Polícia Civil (PC) informa que a maioria dos veículos são apreendidos em operações policiais e, muitas vezes, devido ao estado que foram recuperados, os proprietários não querem mais rever o carro. Para isso, a polícia já está solicitando à Justiça a destruição deles.
A PC informa, ainda, que o local onde fica o pátio é alugado, mas o Governo do Estado cedeu um local para a construção de um novo pátio, quatro vezes maior que o atual,e que o projeto de construção já está em fase de contratação.