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Passageiros reclamam de falta de ônibus em bairros da Serra

Greve é por conta dos novos coletivos do Transcol que não possuem cabine para cobradores. Foto: Gabriel Almeida

Com a greve dos rodoviários, os serranos estão tendo mais dificuldades para conseguir embarcar em um coletivo, já que somente 75% dos ônibus do Transcol estão circulando nesta terça-feira (13). A paralisação é por conta da implantação dos novos ônibus sem cobradores e deixou cerca de 500 mil capixabas sem o transporte público na última segunda-feira (12).

Em Porto Canoa, a reclamação veio do Everton Schneider, que mora na comunidade e afirma que os ônibus estão passando com muito atraso no bairro e superlotados. “Em alguns bairros não tem ônibus. Eu moro em Porto Canoa e as linhas que estão passando por lá estão superlotadas. Outras bem estão passando como a 816 e a 812. Os expressos também estão parados”, conta o morador.

De Cidade Continental, Mônica Nogueira, também reclama. “Na minha comunidade passou ônibus de manhã cedo, agora já não está circulando mais”, afirma a popular. Já no Centro da Serra, segundo a moradora Simone Avelina, não está passando nenhum ônibus. “Eu moro no Centro da Serra e aqui não tem ônibus circulando”, disse.

Adriana Rocha, de Nova Carapina I, disse que em sua comunidade está muito difícil embarcar em um coletivo. “Não tem nem 30% em Nova Carapina I e demora mais de horas para passar”, relata. 

Internautas também reclamam

Nas redes sociais do TEMPO NOVO, internautas também realizaram reclamações. É o caso do Ronaldo Matias, que fez um questionamento sobre a quantidade de coletivos circulando: “75%? Onde?”.

Juliano Rossi, também não acredita que 75% dos ônibus estão circulando. “75% da metade só se for”, dispara.

Sindicato garante que 75% dos ônibus do Transcol estão circulando

A semana começou complicada para os capixabas que dependem do transporte público. Isso porque os rodoviários decidiram realizar uma greve contra a implantação dos novos ônibus sem cobradores e paralisaram toda a frota dos coletivos do Transcol na última segunda-feira (12). Nesta terça (13), a greve continua, mas têm ônibus circulando nas ruas.

Em uma assembleia realizada de ontem (12), os rodoviários decidiram manter a greve. Apesar disso, a categoria garantiu que vai acatar a decisão Judicial de manter 75% dos coletivos em circulação para atender os passageiros capixabas. Se a decisão for descumprida, o Sindirodoviários pode ser multado em R$ 100 mil por dia.

Garagem da Unimar que fica em Laranjeiras Velha: nenhum ônibus saiu do local na última segunda-feira (12). Foto: Gabriel Almeida

Motivo da greve

A ameaça de greve já tinha sido anunciada na terça-feira (6) passada, mas o sindicato não tinha definido um dia para a greve acontecer. O motivo da manifestação é a implantação dos novos ônibus do Transcol que terão ar-condicionado, mas não haverá cabine para os cobradores.

Apesar do Governo do Estado afirmar que não haverá nenhuma demissão por conta dos novos coletivos, o Sindirodoviários diz que serão quatro mil postos de trabalho eliminados com a mudança.

Na tarde da última sexta-feira (9), através do seu perfil oficial do Facebook, o Sindirodoviários publicou um comunicado informando sobre a greve. “Sem cobrador não roda. Vamos parar tudo”, afirma os rodoviários na imagem publicada.

Em junho, o Governo do Estado anunciou os novos ônibus com ar-condicionado e sem a cabine dos cobradores, até o momento, foram entregues 20 destes novos veículos, mas nenhum deles está em circulação. Nesta sexta-feira (9), o Estado anunciou que os coletivos vão começar a circular na segunda-feira (12).

Ainda em junho, após a entrega dos ônibus, o Sindirodoviários já tinha prometido uma greve contra a mudança, o que até agora não se concretizou. De acordo com o sindicato, a mudança do Governo do Estado irá desempregar cerca de quatro mil trabalhadores.

Vale destacar que o Sindirodoviários fez três manifestações em junho, mas a circulação dos coletivos não foi prejudicada. Os protestos foram realizados na Avenida Vitória, na capital capixaba.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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