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Órgão diz que Petrobras deveria ter removido lixo radioativo no TIMS em agosto

 

O material estava armazenado de forma irregular, segundo o Ibama no depósito da empresa que fica no TIMS. Foto: Divulgação leitor

A Petrobras deveria ter começado a remover os 942 tonéis de rejeitos da extração de petróleo contendo substância radioativa (Radio 226 e Radio 228) em agosto do ano passado. O material estava num depósito temporário e acabou atingido pelo incêndio que aconteceu entre os dias 28 e 29 de janeiro deste ano na área da empresa TIMS, região de Carapina.

Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a petrolífera recebeu autorização para remover o material para depósito temporário de alvenaria construído nas próprias instalações da empresa no TIMS; mas não o fez.

No dia 29 de janeiro, após o incêndio, uma comissão do CNEN veio do Rio de Janeiro até a Serra para inspecionar o local e recolher amostras de água e solo. E até a última quinta-feira (14), não tinha finalizado as análises laboratoriais para saber se houve contaminação radioativa e em que nível.

A reportagem procurou a Petrobras, que até o fechamento desta edição, às 18h de ontem (14), não respondeu aos questionamentos. Na semana passada, o físico nuclear e pesquisador da UFES Marcos Tadeu Orlando disse que foi com uma equipe ao local assim que soube do incêndio pela imprensa.

Segundo Marcos, drones foram usados para verificar a situação do ar, uma vez que o incêndio emanou imensa cortina de fumaça por mais de 24h, que podia ser vista a quilômetros de distância; no entanto, o pesquisador não constatou radiação acima do que seria natural.

Alertou, porém, para riscos de contaminação da água e do solo. Principalmente por ser o solo da região de turfas, portanto poroso, e pelas águas da região drenarem para a baía de Vitória. Marcos disse que a avaliação laboratorial do CNEN poderá dizer se houve ou não essa contaminação.

Embora o CNEN afirme que a Petrobras possui plano de emergência, liderança do bairro vizinho ao depósito disse que nunca foi informado da presença de materiais radioativos na área. “Nunca fomos nem comunicados. É um negócio escondido e perigoso”, afirma o presidente da Associação de Moradores de Carapina Grande, Luiz Carlos de Oliveira.

 

Redação Jornal Tempo Novo

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