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O útero da renovação política

A Serra precisa de um parlamento que seja condizente com o papel econômico do município no ES

Yuri Scardini

Crise de liderança. Conversa já manjada no meio político. Mas mesmo assim não diminui o tamanho do problema. É só ver a linha de sucessão num possível impeachment da presidente Dilma, cenário desesperançoso. Aqui na Serra, a crise de liderança é proporcionalmente equivalente. Dois caciques se digladiando por poder e ninguém até então conseguiu surgiu deste engalfinhamento político-eleitoral.

Mas diferente do cenário nacional, talvez aqui haja esperança para a emersão de novas líderes políticos. E venhamos e convenhamos isto é bom até para Audifax e Vidigal, por permiti-los navegar por águas mais profundas do que os mares da Serra.

As eleições municipais estão aí, uma nova leva de vereadores está por vir e renovar os quadros de lideranças da Serra. A Câmara é a célula embrionária para a formação de novos nomes da política, para isso, é só ver os que estão postos como pré-candidatos a prefeito da Serra: Vidigal foi vereador, Bruno, Vandinho e Givaldo também. Apenas Audifax foi um ponto fora da curva.

Não se pode menosprezar o papel fundamental da Câmara da Serra no processo de superação desta crise de liderança. É necessário entender que de meio milhão de pessoas, aqueles são os 23 escolhidos para compor o pilar mais democrático da estrutura dos poderes da maior cidade do ES.

A Serra tem que superar os vereadores bairristas, somos a locomotiva econômica do estado, e precisamos de um parlamento que seja condizente com este papel econômico e que ao mesmo tempo saiba transferir tais riquezas para os moradores serranos.

Recentemente um deputado chinês esteve aqui na Serra para intermediar as relações comercias entre uma província chinesa com o Espírito Santo. É certo que a China não é modelo de democracia, mas é inegável a proeminência econômica do país, e seus representantes políticos estão diretamente ligados ao processo.

Novas lideranças tem que emergir, e as que já estão construídas tem galgar mais espaço no cenário político estadual, a Serra tem que superar esse complexo de cidade indesejada. Um vereador daqui vale mais em termos de representatividade e importância econômica do que qualquer outro vereador de qualquer outra cidade capixaba.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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