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“O Pavilhão é o único espaço que pode receber feiras internacionais”

Zezinho garantiu que haverá maior controle sobre a sonorização nos shows que serão realizados no Pavilhão de Carapina. Foto: Bruno Lyra

Por Bruno Lyra

Proprietário da Multiservice, empresa que tem a concessão do Carapina Centro de Eventos de Carapina (Pavilhão de Carapina), Zezinho Boechat, fala da volta dos grandes shows, além das Feiras que atraem negócios para a Serra.

Há quanto tempo existe o Pavilhão de Carapina?

O Parque de Exposições Estadual Floriano Varejão, nome oficial, foi inaugurado em 1986. E veio substituindo o parque agropecuário que existia em Itacibá na época. O nome Floriano Varejão veio em função de que a área em Itacibá, pertencia a esse empreendedor e foi feito uma homenagem para ele, na época pelo governador José Moraes. Inicialmente era para ser parque agropecuário.  Mas com o passar do tempo, ele foi deixado de mão ficou 10 anos inativo.  Aí foi acabando, os muros caindo materiais roubados.

Quando veio a retomada?

Foi no governo Vítor Buaiz, que decidiu fazer uma licitação para reerguer. Aí a minha empresa ganhou a licitação e assumimos em 1999. Foi um trabalho muito longo, custoso.  Investimos mais de R$ 10 milhões em novas obras, drenagem, asfalto. Lembrando que tínhamos outra prioridade no início e hoje diversificamos eventos.

Qual tempo do contrato de concessão?

Vai até 2019. São 20 anos, mas pretendemos estudar com o Governo do Estado uma forma para dar continuidade no nosso trabalho.

Qual é a estrutura atualmente disponível no Pavilhão?

São 130 mil m2. Era maior, mas foi tirada uma parte para a instalação do 6º batalhão da PM. Temos hoje seis galpões grandes, em um total de 22 mil metros cobertos para grandes eventos. Tem ainda o Cenário Hall, como cerimonial e o Saloon, que é um espaço fantástico. Temos uma área de estacionamento para 2.500 veículos. Temos um galpão todo climatizado para cerca de seis mil pessoas.

São quantos eventos por ano?

O Pavilhão é o principal espaço de eventos do ES. Na Grande Vitória, único espaço pode receber feiras internacionais. Em 2014 foram 22 eventos, mas esse ano a demanda está um pouco menor por conta da crise no país.

Da para estimar o público que passou por aqui nesses 22 eventos e a quantidade de empregos gerados?

Entre 220 mil e 250 mil pessoas estiveram no Pavilhão ao longo de 2014. Nesses eventos foram gerados cerca de 5 mil vagas de trabalho.

Quais foram os maiores eventos que você contar que já passou por aqui?

A feira do mármore e granito (Vitória Stone Fair), a GranExpoES, e outros eventos como feira de automóveis, metalmecânica, beleza, bebê e gestante.

A Prefeitura da Serra proibiu grandes shows no Pavilhão e agora vai liberar o evento de música sertaneja, e os shows internacionais de Sting e Village People. O que aconteceu?  

Houve reclamação em função do ultimo evento em 2014, um show de axé, e isso teve uma repercussão muito grande. Tanto do problema sonoro quanto da mobilidade urbana. O que aconteceu é que houve, após a entrada da legislação nova de parar os eventos até 01 hora, foi exigido que fizéssemos estudo de impacto de vizinhança (EIV). É justo que a gente se adapte para reduzir os impactos aos vizinhos.

O que vai ser mensurado nesses eventos?

Impacto sonoro, mobilidade urbana, entrada e saída de pessoas, tráfego de veículos. Só no estudo estamos investindo R$ 100 mil, fora as taxas. Em breve estaremos com o Parque todo liberado. E talvez seremos o único espaço do estado 100% legalizado. Vamos entregar até o final do ano o estudo depois dos três eventos.

Quais outros gargalos para realização de eventos no parque?

Eu não vejo muita dificuldade, não temos muito gargalo. O pior problema que temos e a parte sonora, principalmente com um trio elétrico onde há 360º de som e até então não tínhamos controle. Desta vez, para o sertanejo, o som ficará voltado para dentro do parque com caixas de delays espalhadas para diminuir o volume.

As atrações internacionais vão abrir portas para que outros artistas venham também?

O Espírito Santo ele é um endereço certo para esses grandes eventos. É a primeira vez que artistas internacionais de porte de um Sting vêm a Serra. Temos um publico consumidor.  Há uma carência no estado de espaço para que receber esses shows. O espaço área verde do Álvares já foi embargado. E seremos o único espaço para receber eventos para mais de 10 mil pessoas.

 O senhor tem uma estimativa de quantos as feiras e shows movimentam anualmente no Pavilhão?

Eu não tenho acesso a empresas promotoras, e não posso te dar um número certo. Mas posso te falar que uma feira igual a do mármore, movimentou mais de R$ 200 milhões. A GranExpoES movimentou mais de R$ 40 milhões. Tem feira que você consegue vender, 40, 50% sua produção do ano inteiro.

A GranExpoES não vai acontecer. No lugar dela virá a Expo Rural. Porque a mudança?

A GranExpoES foi um evento com o Governo do ES. Mas esse ano, com a situação do país, o governo cancelou todos os eventos. E em função disso, logo após o cancelamento, passamos a receber reclamações da população e pedidos para que fizéssemos algo. Então levamos isso ao SEBRAE e ao nosso parceiro e decidimos em comum acordo fazer outro evento, mais dentro da realidade, um pouco menor. E com certeza será um sucesso.

Qual a expectativa de público para a Expo Rural e os shows que viram este ano?

A Expo Rural, de 50 a 60 mil pessoas. No Festeja, entre 20, 25 mil pessoas. No Sting de 12 a 15 mil. Já o Village People, que é uma festa de fim de ano, a ideia e vender para as empresas da Grande Vitória, e junto com o jantar haverá o show onde terá um espaço definido. Não seria só uma confraternização, mas um grande evento. Esperamos  4 e 5 mil pessoas. É um negocio bem direcionado ao lado empresarial.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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