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O lockdown é a confissão de culpa dos erros da gestão no Governo do ES, dispara Vandinho

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Vandinho subiu o tom das críticas contra Governo do ES e defende a criação do auxílio emergencial estadual. Foto: divulgação.

Ao seu melhor estilo brigão e valente, o deputado Vandinho Leite (PSDB) não economiza nas críticas em torno das ações do Governo do Estado; e na mesma medida, faz uma série de proposições, que de acordo com ele, poderiam impedir um Lockdown no ES. Ele defende os hospitais de campanha; testagem em massa – para isolar grupos de infectados; e o que ele chamou de ‘investir nas pessoas’, que é um conjunto de projetos para transferência de renda, como a criação do auxílio emergencial estadual de R$ 500.

Ele acusa o Estado de omissão no combate ao coronavírus, uma vez que “obrigou-se o fechamento da economia”, mas não teria sido “criada nenhuma política compensatória” para a população: “tem que mandar ficar em casa, mas tem que dar condições efetivas para isso, senão é demagogia”, questiona.

Ele também pede a paralisação de obras “não essenciais”, visando destinar recursos para saúde e assistência: “não é momento de gastar em calçadas e canteiros, precisamos investir na população”, argumenta. Na política ele defende uma terceira via, que não seja o “modelo antigo” (numa clara referência a Audifax-Vidigal) ou “ameaças vindas de fora”, referindo-se a políticos não residentes na Serra.

1 – Como avalia a condução das ações por parte do Governo ES diante da pandemia do novo coronavírus?

Como venho alertando, o Governo do ES falhou em muitas coisas, mas sobretudo na sensibilidade e no humanismo com as pessoas. Posso dar exemplos: desde o início foi determinado o isolamento social, certo? Mas quais condições foram dadas para a população efetivamente cumprir com a determinação? Nenhuma. O Governo disse ‘fica em casa e pronto!’… Quem fez isolamento foram as pessoas que têm condição financeira para isso, a grande maioria teve que sair às ruas para trabalhar, senão morre de fome. Esse é só um exemplo do que quero dizer, as falhas são de gestão, mas o pano de fundo é a falta de amor com nossa população. Não foi apresentada nenhuma política pública verdadeiramente digna, que fale com povo: ‘olha, vocês precisam ficar em casa, para isso, vamos reduzir impostos, ajudar com cesta básica, dar auxílio emergencial, etc’…

“Na contramão do mundo, o Governo do ES decidiu não construir hospitais de campanha”, crítica o deputado.

2 – Quais foram os principais erros e acertos do Governo de Casagrande na sua avaliação?

Já citei um acima, que foi a falta de sensibilidade com a população. Mas vamos lá: na contramão do mundo, o Governo do ES decidiu não construir hospitais de campanha. Saiu comprando leitos no sistema privado e agora estamos numa situação catastrófica, da qual fez um secretário de Estado ter a cara de pau de dizer que os ‘médicos vão ter que escolher quem morre e quem vive’. Outro ponto é o baixo nível de testagem. Em todos os lugares que houveram testagem em massa, houve resultados melhores.

2.1 – Pode citar alguns desses lugares?

Com certeza, inclusive um exemplo brasileiro: Florianópolis, que completou 1 mês sem mortes. Investiu-se em testagem em massa e isolamento dos grupos de infectados. Testaram quase todo mundo. Aqui no ES, para você conseguir teste, ou paga quase R$ 200 no privado ou chega em um hospital público com avançados sintomas do coronavírus, faz o teste, e o resultado sai daqui duas semanas, quando a pessoa poderá até já ter se curado. Sabe por que não investiram em testagem? Porque os números de infectados vão lá pra cima e vai ficar escancarado a falta de gestão estadual. Lembra o que eu disse lá no início? É muita falta de humanismo.

Sobre isolamento: “O que foi oferecido de condições para a população ficar em casa? E para o empreendedor? Não precisamos de demagogia, precisamos de gestão” cobra Vandinho

2.2 – Vamos seguir com a pergunta inicial, sobre erros e acerto…

Sobre acertos, o Governo esboçou fazer algumas coisas, mas que não chegaram a ponta ainda. Como o empréstimo a juros zero que é burocrático e demorado. A crise não passou ainda, por isso, falar de acertos me parece utopia. Por exemplo, o Governo se vangloriava de ser ‘o mais transparente’ com os dados do coronavírus. Essa semana veio o MPF e disse que os dados são fake news. Então, prefiro esperar, eu sou representante da população e não do Governo, meu trabalho é provocar o Estado para buscar melhorias e não ficar bajulando igual outros parlamentares afim de conseguir cargos…

3 – Qual sua opinião em torno da política de distanciamento social e fechamento de estabelecimentos comerciais, que é de responsabilidade dos estados?

Já pincelei essa resposta acima, mandou fechar tudo e não deu condições para as pessoas sobreviverem. Feito dessa maneira, não dá para ser a favor disso… O que foi oferecido de condições para a população ficar em casa? E para o empreendedor? Não precisamos de demagogia, precisamos de gestão. É para ficar em casa? Está certo, o que o Governo propõe para ajudar?…

4 – Acredita que em algum momento o Brasil poderá se tornar epicentro mundial do coronavírus?

A panela de pressão que o Brasil se transformou em nada ajuda nessa crise do coronavírus. Além da má gestão, o me preocupa é a corrupção: estamos vendo a PF fazendo operação de compras superfaturadas e etc. Acho que essa somatória de má gestão, corrupção e politização do coronavírus, pode deixar nosso país no caminho do epicentro.

Sobre Lockdown: “Se a gente garantir renda mínima para a população mais pobre, podemos convencê-los a ficar em casa e reduzir os níveis de contaminação”, defende.

5 – Quais suas principais propostas como parlamentar para mitigar os impactos da pandemia na sociedade? Algumas delas foram aprovadas?

Posso citar algumas: fiz projeto para reduzir impostos nas contas de luz e água, criação do programa Vale Gás para pessoas carentes, oferta de cesta básica a todos os alunos de escolas públicas; e o mais ousado foi a criação do auxílio emergencial estadual de R$ 500, remanejando R$ 600 milhões do fundo de obras para colocar comida na casa das pessoas. Todos esses que citei foram tentativas de dar a população as condições de ficar em casa. Fiz projeto para obrigar o estado a testar em massa a população e indiquei o Hospital Materno infantil na Serra para ser hospital de campanha. Queria muito citar outra coisa: nossa luta para frear as escalada no preço do Gás de cozinha do ES. Nossas denúncias na polícia civil enquadraram as empresas que estavam desabastecendo o ES e reestabelecemos os preços.

6 – Estamos chegando próximo da lotação de UTI’s, quais soluções possíveis? É a favor ou contra o chamado Lockdown?

As soluções tinham que ter sido tomadas lá trás. O Lockdown já é a prova da falta de gestão, caso contrário não seria necessário. É o GovernoES falando: ‘olha, falhamos…’; mas sendo direto, creio que podemos evitar ainda. O vírus atingiu as camadas mais carentes da população, e precisamos focar a gestão nelas. Eles precisam ficar em casa, e para isso, o auxílio estadual que apresentei já ajuda, pois vem para somar com os R$ 600 da Caixa. Se a gente garantir renda mínima para a população mais pobre, podemos convencê-los a ficar em casa e reduzir os níveis de contaminação.

Sobre a Serra: “a Prefeitura deveria suspender o calendário obras não essenciais e destinar esses recursos, que são milionários, para serem transformados em renda direta para a população”

7 – Como avalia as ações de responsabilidade da prefeitura da Serra em torno da pandemia?

A Serra está entre as 20 maiores cidades do Brasil, tirando as capitais. Por isso acho que o município pode investir mais nas pessoas. Vejo um direcionamento desproporcional de recursos para as obras, a maioria delas são obras não essenciais que podem esperar a pandemia passar. Na minha visão, a Prefeitura deveria suspender o calendário obras e destinar esses recursos, que são milionários, para serem transformados em renda direta para a população e consequentemente para os comércios locais, temos o dever de reaquecer a econômica e ajudar o comércio local, especialmente na manutenção de empregos.

Sobre eleição: “Me pergunto qual o interesse de alguém ser prefeito numa cidade que sequer reside?”

8 – Você vem se colocando como pré candidato a prefeito da Serra, está confirmado nas urnas esse ano?

Tudo mudou com a pandemia, deixamos de tratar de política eleitoral e concentramos esforços na luta conta o vírus. Uma certeza que eu tenho, é que essa situação do coronavírus me mostrou que a gestão usando tecnologia é o melhor caminho para enfrentar as dificuldades. Hoje, vendo as aulas paralisadas na rede municipal, do que adianta ter quase 170 unidades de educação se não tem nenhuma tecnologia para atender os alunos? Não vejo os gestores atuais e do passado, tendo esse tipo de visão, de modernidade e de tecnologia. Outra questão é que devemos proteger nossa cidade de ameaças que vem de fora. Então, tem alguns contextos que precisam ser resolvidos para eu tomar minha decisão.

9 – Como vê possíveis candidaturas de fora da Serra? E resumidamente, quais projetos tanto político como de gestão é possível apresentar para a cidade?

Candidaturas de fora da Serra são inconcebíveis. Me pergunto qual o interesse de alguém ser prefeito numa cidade que sequer reside? Amor e cuidado com o povo que não é. Sobre projetos políticos na Serra, eu não tenho… o que tenho é projeto de vida com a Serra. É a cidade onde pactuei a minha família com Deus, onde fiz meus amigos, onde conheci e tive experiências únicas. O projeto que se deve ter, é na defesa da cidade, contra os velhos projetos de poder e os projetos mal intencionados que vem de fora…

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