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O derrotismo e os desafios

Por Yuri Scardini

Era dezembro de 2014, a crise econômica tomava forma e chegava a Serra, porém o otimismo dominava as expectativas para o ano que vinha.

Finalizamos aquele ano na edição 1.005, com a capa “Contorno do Mestre Álvaro: Fauna e Flora no caminho da obra”. A ordem de serviço do esperado Contorno de Mestre Álvaro tinha se concretizado, porém ainda havia muitas pendências ambientais. Naquele período, nem imaginávamos que o maior desastre ambiental da história do Brasil aconteceria em 2015, com o estouro das barragens da Samarco e a lama de minério invadindo o nosso rio Doce e o mar.

Entramos em 2015 na edição 1.106, com a capa “Lixão toma conta de área da Petrobras”, que nada mais era que um ponto clandestino de descarte de entulho e outras sujeiras a céu aberto num terreno da Petrobrás, no bairro Valparaíso, onde na época os moradores reclamavam da falta de segurança. Quase um ano depois, o lixão continua lá, mas o contexto do problema é outro: o mosquito aedes aegypti, transmissor das novatas e assustadores zika e chikungunya, além da já conhecida dengue.

Lixão esse que seria “brincadeira de criança” perto dos problemas que a estatal teria com o avanço da Operação Lava-Jato.

O ano foi correndo. Queima de turfas, pó-preto, possível saída da UTI do Dório Silva para Vila Velha, Prefeitura e Câmara em pé de guerra, maior perdas de postos de trabalho, consolidação da crise econômica, setor industrial em dificuldades, briga no reajuste de salários de servidores, briga da comunidade da Sede pela permanência do Fórum, violência, crise política nacional, crise da água, arrocho no orçamento municipal, desastre ambiental da Samarco, zika vírus e a microcefalia chegando à cidade.

Foram muitas as crises que se estabeleceram na Serra e no Brasil, mas de todas elas, a mais perigosa é a crise de confiança. E ela é quem delimitará a capacidade de resolver os problemas. O pessimismo de 2015 não pode contaminar 2016. O ano que vem será um filtro, e só passará por ele quem largar o derrotismo, a ‘fracassomania’ e partir para resolver de forma madura e lúcida os problemas que virão.

 

 

 

 

 

 

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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