Anunciado para ter obras iniciados no 1º semestre de 2020, o porto da Imetame em Aracruz deve ter rebatimento positivo na Serra. A avaliação é do presidente da Associação de Empresários da Serra (Ases), Cícero Moro.
Segundo Cícero, o porto deve destinar parte de suas operações para terceiros. É aí que empresários do setor de logística e distribuição instalados na Serra podem se beneficiar. Cícero usou como exemplo o próprio negócio que dirige, a Motociclo, empresa que importa e distribui peças de moto para todo o país a partir de sua matriz na Serra.
“Usamos o porto de Capuaba em Vila Velha para nossas operações de importação. Temos que enfrentar o gargalo de trânsito daquela parte da região metropolitana. Um porto que fique ao norte, a menos de 30 km da cidade, será excelente para nós e demais empresas do parque logístico instalado na Serra”, frisa.
Cícero ressaltou ainda que os empresários locais não tem como usar os portos de Tubarão e Praia Mole porque são especializados e dedicados à operações de minério e siderurgia, além de escoar grãos do agronegócio do Centro Oeste do país.
O dirigente empresarial explica ainda que o porto Imetame também pode ativar, tanto durante as obras como nas operações, rede de fornecedores e prestadores de serviços instalados na Serra, dona também do maior parque metalmecânico capixaba.
Segundo a Imetame, o porto vai operar com importação e exportação de cargas diversas, embarque e desembarque de conteiners, veículos, cargas de projeto, apoio offshore, graneis líquidos, sólidos e gasosos.
A empresa diz que o investimento é cerca de R$ 700 milhões. E que 1,1 empregos diretos serão gerados durante as obras e 640 durante a operação. O novo porto deve ficar ao sul do Portocel, na altura da Barra do Sahy em Aracruz.