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Motim no DEM da Serra após aliança com a Rede

Ederson, Manoel Miranda, Jaciara e Saionara: lideranças estão revoltadas com mudança de direção do Democratas, que vai apoiar Audifax, após acordo com prefeito de Vila Velha. Foto: Joatan Alves

Conceição Nascimento

Após a intervenção da Executiva Estadual na direção do Democratas da Serra, pré-candidatos a vereador da legenda dizem que irão abandonar a disputa eleitoral de outubro. A movimentação que tirou o DEM do palanque de Vidigal (PDT) e trouxe para o de Audifax (Rede), teve como pano de fundo o apoio da Rede a candidatura de prefeito do Democrata Rodney Miranda em Vila Velha.

Com a intervenção estadual, o DEM acabou coligando na chapa de vereadores com a Rede, o PMDB e o PP. Juntas, as três legendas contam com oito vereadores.

O presidente afastado do DEM, Enivaldo Dias, ainda acredita na decisão da Justiça Eleitoral sobre a ata que foi aprovada na convenção, dia 3 de Agosto, que prevê coligação com o PRP, partido do grupo de Sérgio Vidigal.
“Acredito na validade da ata e que a Justiça Eleitoral vai se pronunciar, até porque é o momento para coibir este tipo de prática. Realizamos uma reunião ontem (terça-9), e o desejo da maioria do grupo é abandonar a candidatura”, disse.

O secretário do DEM na Serra, Oliverdino de Melo Filho, contou que a estratégia foi maldosa.

“O grupo está se sentindo com o sonho roubado. Estávamos com estrutura para fazer um ou dois vereadores e nos deparamos com esta situação. Estamos aguardando o desenrolar da Justiça. São quatro partidos nesta coligação. Avaliamos como uma chapa suicida”, conta.

A pré-candidata Nilza Cordeiro foi taxativa. “Nos tiraram o direito de concorrer à reeleição. Caso seja confirmada esta coligação, não continuo candidata; não sou escada de ninguém”, detalhou.

Outro pré-candidato, Miranda Neto, avalia que usaram de má fé na mudança. “Não serei candidato em uma chapa com oito vereadores. Fomos traídos pelo partido e eu não caminharei do lado de lá”, avisou.

O que a Justiça diz

Procurado pela reportagem, o juiz da 26° Zona Eleitoral da Serra, Carlos Alexandre Gutmann, adiantou que deve considerar a ata registrada no dia oito. “Em princípio, me parece legal, uma vez que cumpriram os prazos estipulados pela Justiça Eleitoral. Mas preciso ser provocado em relação ao caso mencionado para tomar alguma medida, ouvir as partes e verificar os registros feitos”, argumentou.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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