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Miséria na política fura o bolso

Yuri Scardini 

Diante de tudo o eu vem acontecendo na política brasileira, em especial durante esta semana, com o Presidente Michel Temer (PMDB), sendo pego em áudios e relacionado diretamente com corrupção, só podemos esperar o aprofundamento do caos e novos cenários de abruptas instabilidades.

A princípio se vê três cenários, e nenhum deles é favorável ao Governo Federal. Renúncia, impeachment ou cassação de mandato pela Justiça Eleitoral. É muito difícil pensar que Temer irá conseguir ficar de pé, ainda se considerar que talvez mais escândalos possam estar por vir.

Até o início da semana havia previsões de agências econômicas e até índices reais que apontavam para uma melhora econômica. Porém, o reflexo dessa pane política virá como um soco no estômago da economia brasileira, e lógico, no bolso da população em forma de aumento de desemprego e inflação. Isso porque este agravamento do cenário caótico já fez despencar o valor de inúmeras empresas brasileiras na bolsa de valores. Com a desvalorização do mercado brasileiro, a saída é vender ação e comprar dólar. Com a moeda americana mais cara, o brasileiro deve enfrentar novas rodadas de inflação e diminuição do poder de compra.

No que tangue a agenda administrativa, é difícil esperar que as Reformas Trabalhista e Previdenciária estejam na ordem do dia do debate político nacional. E com a aproximação da eleição de 2018, é possível que estas sejam inviabilizadas, já que o desgaste para os parlamentares é alto. 

No cenário eleitoral, com a corrupção novamente protagonizando as manchetes dos veículos de comunicação nacional, o discurso de pseudomoralidade e o populismo de direita, muito bem feito por figuras como o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) e o prefeito de São Paulo João Dória (PSDB), deverão ficar em alta e agradar a uma parte ainda maior do eleitorado. Isso, sem esquecer a “mística” de Lula.

Hoje quem, pelo menos aparentemente, dá as cartas é um conjunto de personalidades e instituições, formadas por Rodrigo Janot e o Ministério Público Federal, pela Justiça, englobando parte do STF, além da chamada “República de Curitiba” com o juiz Sérgio Moro à frente, a Polícia Federal.  Tem ainda o papel da chamada grande imprensa. E a reação multifacetada das mídias sociais.

Com o pé na cela

A Operação Lava Jato, principal eixo de desmonte do establishment político brasileiro e que vem desnudando as relações promíscuas entre políticas e empresários, também atingiu com força uma das principais lideranças dos tucanos, o senador Aécio Neves. Segundo os jornais, o ex-governador de Minas Gerais apareceu em áudios gravados por um dos donos da JBS, pedindo a quantia de R$ 2 milhões para se bancar os custos de defesa na Lava Jato.

Após prisões de figuras como Eduardo Cunha, Delcídio do Amaral e Sérgio Cabral, o que se esperar é uma provável prisão do tucano Aécio Neves. A irmã dele já foi. Caso ocorra realmente dá para pensar que o próximo da fila é o Lula. Isso porque uma eventual prisão de Aécio antes de Lula poderia evitar ou diminuir um quebra-quebra generalizado dos militantes e simpatizantes da esquerda brasileira, que falam sobre golpe e perseguição ao ex-presidente petista e sua representação enquanto figura paternalista dos mais pobres.

O que poderia representar o definhamento do governo Temer e um xeque mate de Aécio e Lula além de inúmeras figuras? O Brasil deverá ficar de olhos abertos para impedir que nessa devastação, não surjam irresponsáveis, que se dizem os salvadores da pátria, mas na verdade, incapazes de guiar o país e com discursos perigosos. A corrupção envenenou o sistema político, e é ele que precisa ser revisto, não a democracia.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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