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Maio já foi melhor, mas ainda anima mercado de casamentos na Serra

Noiva se produz para o grande dia na loja Kazzar Noivas, em Laranjeiras. Foto: Fábio Barcelos

Clarice Poltronieri

Maio é considerado o mês das noivas e isso impulsiona o comércio e prestação de serviços relacionados a casamentos em cerca de 30%. Alianças, buquês, vestidos, ternos, cerimoniais, fotógrafos e buffets são alguns dos produtos e serviços cuja procura aumenta nesta época do ano, que já foi mais movimentada para alguns comerciantes.

Na floricultura Arte Flores, em Laranjeiras, a procura por buquês aumenta em 20%, mas já chegou a 100% antes da crise, segundo a gerente Rosane Alfredo Patrício. “No nosso negócio, o mês de maio é o que temos mais procura por buquês, mas há uns três anos aumenta cerca de 20% em relação aos outros meses. Antes chegava a dobrar a procura. Dezembro também tem sido um mês bem procurado por conta de férias e 13º salário”, relata.

A sócio-proprietária de Cerimonial Cristalis, em Morada de Laranjeiras, Letícia Ferrari Magri, também relata aumento na procura, mas sentiu o impacto da crise. “Fora da crise, o aumento chegava 50%. Neste ano chegou a uns 30%. As pessoas acham mais romântico por conta da tradição. Também por ser um mês mais fresco, com poucas chuvas e não compete com tantas outras festas, como no fim do ano. Percebo que ainda é um mês querido pela tradição, mas muitos deixam de se casar em maio por conta do aumento dos preços. Aqui mantemos o preço, mas costuma faltar disponibilidade”, revela.

Na Reny Joias, em Laranjeiras, a busca por alianças também aumenta. “Essa é a época em que mais vendemos alianças, cerca de 30% a mais que nos outros meses. E é sem dúvida o melhor mês na venda deste item”, aponta o funcionário Jorge Narboni.

Tradição abre espaço para outras datas

Apesar de ainda ser um dos meses onde aumenta a procura por elementos ligados ao casamento, alguns comerciantes percebem uma mudança na escolha das datas.

A sócio-proprietária da Kazzar Noivas, em Laranjeiras, Rízia de Oliveira Amaral sente o aumento na procura, mas diz que os negócios fechados são em outros meses. “A tradição aqui traz todo um clima, o que aumenta a procura em cerca de 30% em relação aos meses mais fracos. Mas não é o melhor mês para os negócios. Em questão de resultado, ele perde para os meses do final do ano, no período da primavera e verão, até porque tem 13º férias”, pondera.

A sócio- proprietária da Damm Fotografias, Juliana Damm, concorda que maio não é tão bom para casamentos. “Apesar de ser considerado o mês das noivas, a maioria opta por casar mais na época primavera/verão. Por conta do clima, há muito pedido de orçamento, mas os negócios mesmo são fechados em outros meses. Neste ano, por exemplo, tenho dois casamentos em maio e nove em setembro. Creio que esta tradição está se perdendo”, opina.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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