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Liderança indesejada: Serra é a 1ª em mortes no trânsito do Espírito Santo

A Serra possui 56 agentes de trânsito para atender 540 mil habitantes e uma frota de 220 mil veículos. Foto: Divulgação Bruno Leão

Pelo terceiro mês seguido, o trânsito da Serra foi considerado o mais violento do Espírito Santo. Desde o início de 2022, o município registrou 30 vítimas fatais que perderam a vida por conta de acidentes automobilísticos. Boa parte dos acidentes aconteceram por imprudência dos motoristas. As vias da Serra vitimaram 10% de todas as mortes do Espírito Santo no trânsito.

Os dados são do Observatório da Segurança Pública do Espírito Santo e mostram que em maio sete pessoas perderam a vida em vias públicas da Serra.

Os números mostram ainda que a nível estadual, em segundo lugar ficou Cachoeiro de Itapemirim, com 20 mortes; seguido de Vitória e Vila Velha, com 17 óbitos cada cidade.

Em janeiro a Serra não figurou entre as 10 mais violentas no trânsito e em fevereiro o município ocupou o terceiro lugar entre as cidades que mais tiveram vítimas fatais.

A Serra tem cerca de 540 mil moradores e possui 56 agentes de trânsito para organizar o tráfego de veículos na cidade, um agente para cada grupo de 10 mil habitantes. A cidade possui uma frota que gira em torno de 220 mil veículos registrados e licenciados, de acordo com o Detran-ES.

Agente de trânsito na Serra, Milton Moura que o esforço do Departamento Operacional de Trânsito no município é grande. “Seguimos firmes na missão de trabalhar muito para reduzir a violência no trânsito. Muitos agindo de forma imprudente e contribuindo para tantos acidentes e mortes, não apenas na Serra, mas em todo o ES. A batalha é árdua e nesse cenário de guerra estamos perdendo muitas vidas”, lamentou.

Já o Espírito Santo registrou em maio deste ano, 85 mortes, totalizando 319 vítimas fatais no trânsito nos cinco primeiros meses do ano. Em janeiro foram 47, fevereiro 54, março 68 e abril 62. Já em 2021, no mesmo período o ES contabilizou um total de 280 mortes, sendo 64 em janeiro, 41 em fevereiro, 64 em março, 50 em abril e 61 em maio.

Os dados mostram ainda que 80% das vítimas fatais são do sexo masculino, enquanto 20% é do feminino. 31% das mortes aconteceram em colisões de veículos. Em 2022, 98 vítimas e 2021, 86. Os atropelamentos representam 18% dos óbitos: 57 vítimas em 2022 e 43 em 2021.

Os acidentes fatais envolvendo motocicletas chegam a 51% do número total de mortes no trânsito, um aumento de 8.6%. Em 2022, 164 perderam a vida e em 2021, 151.

A maioria dos acidentes acontecem em vias públicas municipais e estaduais, 74%. Já as rodovias federais pegam 26% das vítimas.

Ações

Vale ressaltar que a Prefeitura da Serra realiza um intenso trabalho de conscientização e monitoramento das vias por meio do Departamento de Operações de Trânsito (DOT) afim de reduzir essa triste estatística.

São realizados trabalhos de educação, além das constantes operações de abordagem a veículos com o objetivo de diminuir esses índices.

Apesar do empenho do poder público em prevenir acidentes de trânsito, a sociedade tem um papel fundamental na busca pela diminuição das mortes no trânsito.

A fiscalização é realizada via trabalhos cooperados com as demais forças: Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Detran-ES e SAMU.

Educação nas escolas

A Serra será o primeiro município do Espírito Santo a ter em sua grade curricular, a disciplina de “Educação para o Trânsito”. O conteúdo será desenvolvido por meio de literatura própria, com livros do aluno e do professor, além de aulas práticas e já estará na grade curricular de 2022.

Os professores das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEfs) serão capacitados pelo Projeto Cidadania em Trânsito na Escola, por meio do Núcleo de Educação para o Trânsito, do Departamento de Operações de Trânsito da Serra (DOT). Além disso, os professores contarão com suporte dos agentes de trânsito na escola, ao longo do ano.

Os estudantes terão aulas práticas na “Transitolândia”, que será instalada no Parque da Cidade, em Laranjeiras.

 

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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