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Laudo sobre mortandade de peixes na Juara sai em 15 dias

Em menos de um ano já aconteceram pelos menos 3 grandes mortandades. Foto: Divulgação leitor Antônio Pereira

A mortandade de peixes virou rotina e atingiu novamente a lagoa Juara no último final de semana, durante o feriadão da Semana Santa.  Foi a terceira vez que isto aconteceu em menos de um ano. A Prefeitura disse ter coletado amostras da água e que o resultado da análise que pode apontar as causas sai entre 10 e 15 dias.

 Morador da região da Juara e presidente do Instituto Brasileiro de Fauna e Flora (Ibraff), Claudiney Rocha, disse que a mortandade atingiu animais de água doce, como a tilápia e camarões. E também os de água salobra, como tainha, robalo e siris.

Apesar da forte carga de esgoto que cai na Juara através dos córregos das Laranjeiras e Dr Róbson, Claudiney diz que o excesso de sal que passou a atingir a lagoa após a dragagem do rio Jacaraípe a partir de 2014 é a principal causa das mortandades frequentes. O rio liga a lagoa ao mar. 

Do Movimento Ambiental da Serra, a ativista Luciana Castorino cobra dos órgãos ambientais ações concretas. Ela espera que a CPI do Esgoto, tocada na Câmara de Vereadores, possa ajudar a pressionar as empresas de saneamento a melhorar o serviço na região.

Já o pescador Antônio Pereira, lamenta a queda das vendas em função da repercussão negativa das mortandades e pede mais transparência dos órgãos ambientais na divulgação das causas.

O secretário de Meio Ambiente da Serra, Marcos Franco, disse que foram coletadas mostras de água e que o resultado sai entre 10 e 15 dias. “Mas tudo indica que o causador foi a falta de oxigênio por causa da eutrofização (excesso de matéria orgânica na água) vinda com esgoto. Tanto que a mortandade se concentrou na foz dos córregos das Laranjeiras e Doutor Róbson.

Marcos disse que está cobrando da Cesan e do consórcio Serra Ambiental que acelerem obras de coleta e tratamento de esgoto na bacia da Juara. “O prazo final para universalização é 2024. Mas a meta é interligar 15 mil residências em 2017 e implantar mais 22km de rede coletora. Hoje temos coleta em 76% da cidade, mas ainda de 20% a 30% dos imóveis não se ligaram.

Quanto a salinização, Marcos diverge da opinião dos pescadores e ativistas de que a dragagem aumentou o sal da lagoa. “Pode ter até aumentado o sal, mas é por causa da seca”, resume.

Já o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) disse que notificou a prefeitura para que explique as causas da mortandade.

 

 

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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