Bruno Lyra
O Ministério Público Federal (MPF), através da Força Tarefa que investiga os efeitos da tragédia/crime ambiental do rompimento da barragem da Samarco (Vale + BHP) em Mariana – MG há cinco meses, recomendou nesta quinta – feira (31) que seja ampliada a restrição de pesca no litoral do Espírito Santo.
A medida visa proteger a saúde da população e dos pescadores após a divulgação do resultado das primeiras análises em peixes e outros organismos marinhos na região, que apontam contaminação por metais pesados – arsênico, chumbo, cádmio em índices que chegam a 140 vezes acima do limite seguro. Desde janeiro, a pesca está proibida em Degredo, cerca de 40 km ao norte da foz do rio Doce em Linhares e Barra do Riacho, que está a 40 km ao sul, já em Aracruz.
A assessoria do MPF diz que o novo perímetro de proibição deverá ser definido pelo órgãos competentes. O Ministério Público pede também que a Samarco, o Ibama e o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) deem ampla publicidade sobre a contaminação, em especial das espécies de valor econômico como o peroá, o camarão e o linguado.
O MPF também pede que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária monitore a venda de peixes na região; que o Governo Federal dê auxílio financeiro emergencial aos pescadores, e que a Samarco e suas controladoras Vale e BHP Billiton façam ressarcimento de todos os gastos públicos.
Os primeiros resultados divulgados no início da semana foram obtidos em coletas grupo que envolve instituições públicas e privadas, além das universidades que vêm acompanhando a evolução dos impactos da lama de rejeito de minério no rio Doce e no Mar.
Coordenador do laboratório de Ecotoxicologia da Universidade Federal do Rio Grande, Adalto Bianchini, é um dos responsáveis pela análise. Segundo ele, os peixes e camarões foram coletados na foz do rio Doce, na região de Barra Nova em São Mateus – ES, nas reservas marinhas de Santa Cruz em Aracruz e na Costa das Algas, que chega até Capuba, na Serra.
“Este é um primeiro retrato da situação. É preciso, buscar novas amostras e de mais espécies. Uma nova expedição de coleta vai acontecer entre abril e maio. O monitoramento que deve durar pelo menos 10 anos. Houve um caso semelhante na Índia onde a área atingida demorou 20 anos para ser recuperar”, explica Bianchini.
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