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Inspirador fazedor de obras

Por Eci Scardini

Gerson Camata sai da vida para entrar na história. Radialista, jornalista, mas principalmente político. Foi vereador, deputado estadual, federal, governador e senador por três mandatos. O ex-assessor ressentido talvez seja a única ranhura em sua brilhante e vitoriosa carreira. Camata, que se notabilizou por ser conciliador, não conseguiu conciliar esse ressentimento e acabou sendo vítima dele. Foi assassinado com um tiro, disparado pelo ex-assessor Marcos Venício.

De origem italiana, Camata destoava da fama de ‘sangue quente’ que os italianos carregam consigo, mas fez jus à fama de conversador. Ele adorava contar ‘causos’, era uma especialidade. Outra marca pessoal era a de ‘filar’ um cigarro de alguém durante esses ‘causos’. Isso virou lenda aqui e em Brasília.

Mas foram os quatro anos que passou no Palácio Anchieta como governador que os fizeram tornar-se inesquecível. De março de 1983 até final de dezembro de 1986, a marca de Camata é a de fazedor de obras.

A Serra e o amigo prefeito daquela ocasião, João Baptista da Motta, que o digam. Pelas mãos de Camata iniciou-se o Hospital Dório Silva, impulsionou-se o sistema Transcol, ajudou na expansão do sistema de abastecimento de água (a caixa d’água da Cesan, em Jardim Limoeiro foi em sua gestão). Liberou recursos para a construção de mais de uma dezena de escolas, mais de 20 unidades de saúde, colaborou com Motta na construção de infraestrutura de muitas ruas e bairros da Serra.

No Estado deixou um legado que foi o prosseguimento da construção da terceira ponte, hospital em São Mateus; muitas obras de eletrificação rural, de pavimentação ligando cidades. Expandiu para o interior o acesso à água tratada. Enfim, um legado de obras inquestionável.

A vida é efêmera. Mas as realizações de Camata, bem como o estilo de vida política, pessoal e familiar, estarão nos registros históricos, sempre de forma positiva, servindo de inspiração para a atual e futura geração de políticos e de pessoas.

 

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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