Infectologista reforça importância de o público infantil completar esquema vacinal contra a Covid

O percentual de crianças e adolescentes vacinados contra a Covid no Espírito Santo ainda é preocupante. Dados da plataforma Vacina e Confia mostram que, até o dia 7 deste mês, 145.461 crianças entre 5 e 11 anos tinham sido vacinadas, o que representa 37% do público-alvo que é de cerca de 394 mil pessoas.

Mesmo depois de um mutirão de vacinação, mais de 40 mil crianças ainda não retornaram para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid, como alertou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em recente coletiva de imprensa.

“É importante que a criança tenha o esquema de vacinação contra a Covid completo. Uma dose só não vai dar proteção a ela. A família, que já teve a experiência da primeira dose e viu que foi tudo bem, precisa dar a segunda dose para garantir a proteção”, ressalta a infectologista e pediatra da Unimed Vitória Euzanete Coser.

A médica revela que tem visto um aumento na procura pela vacina contra a Covid. “Tenho percebido que muitas crianças não foram vacinadas em janeiro e fevereiro porque estavam com Covid ou porque os pais tiveram Covid. Este mês tenho observado uma demanda maior de pacientes que estão indo vacinar”.

Alguns pais ainda têm dúvidas quanto à segurança da vacina. As preocupações mais comuns são sobre o imunizante supostamente ter pouco tempo de estudo e efeitos colaterais a longo prazo. A desconfiança, no entanto, não tem fundamento. Os estudos de segurança e eficácia das vacinas já foram feitos e comprovados para crianças até os 3 anos. Euzanete explica ainda que os efeitos colaterais comuns da vacina são dor local, febre, dor no corpo e dor de cabeça.