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Indústria de materiais de construção com pé no freio

Apesar das dificuldades nas indústrias, o setor de varejo vem apresentando índices contínuos de crescimento. Foto: Fábio Barcelos

Bem diferente do tempo próspero do ainda recente boom imobiliário, as 175 indústrias e empresas serranas do setor de materiais de construção estão trabalhando com cerca de 50% da sua capacidade produtiva. A cidade conta com indústrias cimenteiras, pré-moldados, ferragens, entre outros.

“Para não demitir muitos funcionários, os empresários estão trabalhando com ritmo pausado, em regime de escala e dando férias ao quadro de pessoal”, explica o presidente da Câmara Setorial da Indústria de Materiais da Construção da Findes, Dam Pessotti.

Os motivos para a problemática são inúmeros, começando pela desaceleração de lançamentos do Minha Casa, Minha Vida. O programa que englobava grande número de unidades imobiliárias, agora mal consegue pagar as obras em andamentos. “As construtoras estão demorando até 80 dias para receber do Governo e, por isso, diminuíram a velocidade e cortaram até 50% da mão de obra”, afirma Pessotti.

Na Serra, essa situação é ainda mais grave por causa da estagnação dos lançamentos imobiliários no geral. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon), o município tinha 6.498 unidades em construção em outubro do ano passado. Em janeiro deste ano, o número caiu para 5.596.   “A fase atual vivida pelo município é de retomada de fôlego, que deve durar até dois anos. Creio que em 2016 a Serra voltará a receber volume de lançamentos”, prevê consultor imobiliário Evans Edelstein.

E o desaquecimento do setor não fica só no município. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) apontaram queda de 1,36% nos empregos da indústria de material de construção no Espírito Santo, nos primeiro trimestre de 2015.

Varejistas em alta

Enquanto a produção e os empregos da indústria de material de construção caíram, o comércio de varejo do setor segue outra direção e aumentou na Serra. Pelo menos na quantidade de estabelecimentos Em 2013, a cidade registrou 434 micro e pequenas empresas destinadas ao comércio varejista de materiais de construção. Em 2014, esse número subiu para 494. E até o início deste mês, já chega a 518 empresas.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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