Incêndio no Mestre Álvaro pode voltar, alerta Governo

Bruno Lyra

Depois de muita luta do Corpo de Bombeiros e também de ativistas serranos voluntários, o incêndio na mata Atlântica do Mestre Álvaro foi controlado na última quarta-feira (18). Mas até o final da tarde de ontem (19) os militares continuavam monitorando o local para evitar que novas chamas se formem, já que ainda havia brasa em tocos de árvores.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), a metragem da área afetada ainda estava sendo calculada. Foram queimados trechos de floresta e vegetação rupestre (sobre rochas) próximo à subestação de Furnas, entre Jardim Tropical e o Terminal Industrial Multimodal da Serra (TIMS). Segundo testemunhas, um raio caiu no local e teria provocado o incêndio. E essa é a causa provável, segundo a Sesp.

O incêndio começou no último dia 12 de maio. E a demora para o início do combate, foi criticada pelos ambientalistas serranos Rodrigo Roger do Grupo de Proteção Ambiental Mestre Álvaro (GPAMA) e Edson Reis do Grupo de Artes Mestre Álvaro (Gama).

“Com voluntários, começamos a combater o fogo na noite daquela quinta (12) e fomos até 2h da sexta (13). Ligávamos para o Ciodes, mas houve lentidão na resposta. Só no domingo (15) os bombeiros foram ao local do incêndio e o helicóptero com a bolsa d’água passou a ser usado. E esses esforços foram decisivos para o controle”, frisa Rodrigo Roger.

Já a assessoria da Sesp disse que o helicóptero não foi usado antes por conta das más condições do tempo. E ressaltou o esforço dos homens do Corpo de Bombeiros envolvidos no combate, cerca de 15 homens  a cada empreitada, por conta da dificuldade de acesso ao local e condições climáticas.

A Secretaria disse ainda que além do helicóptero, foram empregados um caminhão auto-tanque, um caminhão auto-bomba-tanque, duas pick-ups médias, uma viatura de atendimento pré-hospitalar, entre outros materiais e equipamentos. E ressaltou também a colaboração da equipe de voluntários.

Junto aos bombeiros trabalharam todos os dias, inclusive nos fins de semana, cerca de 20 voluntários ambientalistas do município.