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Governo perde milhões com Aristóbulo e secretário sugere pensar positivo

Haroldo Rocha disse que abaixo-assinado de moradores tem teor político. Foto: Divulgação

Depois de gastar mais de R$ 12 milhões e ser alvo de críticas, o Governo do Estado prometeu que a obra do colégio Aristóbulo Barbosa Leão em Laranjeiras será licitada até o final deste ano. A reportagem entrevistou com exclusividade o atual secretário estadual de Educação, Haroldo Rocha, que explicou os gastos com a obra, questionou o abaixo-assinado feito por moradores para que o Ministério Público investigue o dinheiro gasto e disse que a população deve olhar para frente.

Somando o valor gasto com a reforma que não foi terminada (R$ 6 milhões), mais o dinheiro gasto em aluguel onde os alunos estão atualmente (R$ 5,8 milhões), ultrapassamos R$ 10 milhões. Como o secretário avalia estes gastos e onde foi o erro?

Não iremos recomeçar do zero. Temos instalações no terreno que fazem parte do projeto e não se perderam. O problema da demolição é uma circunstância de segurança. Qualquer edificação tem um tempo de vida útil. O prédio central da escola antiga se deteriorou e não tem jeito. Tem que fazer outro. Tudo que fizemos foi com cuidado com o dinheiro público e pensando nos meninos para ter uma escola top. A demora para que começasse uma nova obra foi para a avaliação do prédio. Não foi desleixo e nem descuido. A empresa que estava fazendo a obra entregou a construção por problemas financeiros.

Se a obra tivesse sido concluída há quatro anos o prédio não teria sido demolido agora?

Não, o comprometimento do prédio é por conta da idade. A ferragem e o padrão de obra eram de antigamente. E uma boa parte do tempo foi consumida porque tínhamos que fazer um diagnóstico. Não poderia chegar lá e falar vai demolir. Teve que contratar uma empresa que testou tudo e disse que não tinha jeito. Ia gastar mais para reformar. Vamos ter nessa escola o que temos de melhor. Demorou um tempo, mas vamos fazer uma coisa de primeiro mundo. Não tínhamos alternativa.

Moradores iniciaram o abaixo-assinado antes da demolição e seguem colhendo assinaturas. O objetivo é pedir ao Ministério Público que investigue os gastos do Governo com o caso. Foto: Gabriel Almeida

Os moradores de Laranjeiras estão realizando um abaixo-assinado para que o Ministério Público investigue todo o dinheiro gasto na obra e no aluguel…

O governo tem a visão de que a educação seja para atender os jovens. Eles têm que estar em um prédio estudando. Era uma escola em uma situação ruim, antiga e que não era contemporânea e a Secretaria de Educação tomou sabiamente a decisão de determinar ao Iopes (Instituto de Obras Públicas do ES) que fizesse outro projeto de escola.Não tinha como fazer a obra com os meninos dentro daquele prédio, nós tínhamos que alugar e foi alugado um prédio que era de uma faculdade e foi construído para ser uma escola. Nós não podíamos questionar o aluguel de um prédio para colocar uma escola. Queria que fizesse o que? Isso (o abaixo-assinado) me parece mais uma luta política do que educação.

O questionamento da comunidade é por todos os gastos e pela demora da obra…

Se eu pudesse falar alguma coisa para a comunidade é que agora nos devemos olhar para frente. Vai ficar uma bela de uma escola e tudo que a gente fez é para que isso aconteça o mais rápido possível, para que os jovens possam ter a melhor escola. As novas gerações vão ter uma escola do século 21. Sugiro que a gente olhe para frente e pense positivo. Fizemos o melhor que poderíamos fazer.

Existe um prazo para começar as obras da nova escola?
A empresa já está quase finalizando o serviço da demolição e o novo projeto deve ser totalmente entregue em outubro pela Arcelor Mittal. A licitação deve durar uns 60 dias e temos a ideia de que até o final deste ano já vamos ter a obra licitada. Com esse projeto inovador, assim que a obra começar, ela deve durar um ano e meio para ser entregue.

Pespectiva de como o Governo promete entregar Aristóbulo. Foto: Divulgação

Quantos alunos serão atendidos na nova escola?

Em torno de mil alunos. Mais 1,2 mil alunos que serão atendidos no Centro Educacional de Inglês da Serra que será construído dentro do terreno do Aristóbulo.

O Aristóbulo será transformado em uma Escola Viva?

A escola será construída com uma estrutura tanto para funcionar no turno convencional ou integral. Vamos entregar a escola e a Secretaria de Educação vai decidir.

 

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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