Por Yuri Scardini
Já transcorridos 15 dias de campanha eleitoral no ES, a sensação é de que pouca coisa efetivamente está acontecendo. Até mesmo entre os candidatos, alguns deles ainda nem lançaram oficialmente suas campanhas. Na prática está quase tudo proibido, o tempo e a grana estão curtos e o eleitor desconfiado e imerso no debate presidencial, que se encontra fragmentado, muito imprevisível e inflamado.
É nesse contexto que candidatos correm por aí pedindo votos, seja na rua ou nas redes sociais. O mercado político espera dar uma guinada após essa sexta (31), quando será dado o pontapé da campanha eleitoral na TV e no rádio. Aqui no ES um cenário ainda mais específico corrobora para essa sensação de vazio. Trata-se do favoritismo de Renato Casagrande (PSB) ao Governo do ES. Nenhuma campanha parece empolgar, e sobra o recall político do ex-governador, que é cotado para levar no 1º turno. Correndo por fora há mais cinco candidatos, como a senadora Rose de Freitas (Podemos) e o deputado Carlos Manto (PSL).
Candidatos a deputado estadual e federal dizem que o quente da campanha será nas duas últimas semanas do pleito. Quem começar grande e gastar os escassos recursos agora pode chegar pequeno e sem dinheiro nos dias que antecedem a urna. É para esses cargos que as principais lideranças da Serra estão verdadeiramente engajadas. A candidatura ao Senado e ao Governo tornara-se secundário para Serra, uma vez que não há representantes diretos do município.
Espera-se que a cidade eleja 4 representantes para a Assembleia Legislativa e ao menos dois na Câmara Federal. Se ocorrer, será um ‘up’ e tanto na representação do município, ao menos no que tange ao Parlamento capixaba. Para muitos políticos locais, essa eleição pode ser o trampolim para 2020, quando estará em jogo a Prefeitura da Serra, com seu orçamento bilionário.
Difícil prever um cenário desses, mas fato é que não haverá a polarização direta entre o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) e o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), uma vez que Audifax não terá a opção de reeleição. Com isso abre-se arestas para novas lideranças emergirem, e a porta de entrada é no dia 7 de outubro agora. Uma coisa está ligada a outra, falta agora combinar com o eleitor que não entrou no clima da eleição local.