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Falta de educação: despejo de lixo volta a incomodar moradores em Hélio Ferraz

Menos de um mês após a mobilização dos moradores para acabar com um lixão bem lado de um condomínio em Hélio Ferraz e a Prefeitura da Serra colocar toras de madeira a fim de inibir a ação dos sujões, a dor de cabeça está de volta.

Não demorou muito para que os frequentadores indesejáveis do local voltassem a agir. Parte das toras que formam a cerca foi arrancada para abrir caminho à falta de educação.

Weder Grassi, um dos moradores do condomínio da Rossi que sofrem com o problema, não aguenta mais ter que passar por essa situação e explica o que poderia ser feito. “Se a Prefeitura pudesse colocar barreiras de ferro ou de pedra e, também, mantivesse o monte de terra como era antigamente [o que dificultava a ação de carroceiros], resolveria, porque antes era assim que funcionava”.

Segundo o morador, falta mais fiscalização da Prefeitura, que ainda não respondeu à denúncia protocolada por ele em 2014. Ele, então, desistiu de manter contato. Há moradores, inclusive, que preferem não falar sobre o assunto, pois não veem mais solução e, também, temem algum tipo de represália. E vale lembrar que, além do descarte indevido no local – que é de preservação permanente, pois está na cabeceira da lagoa Pau Brasil -, outra prática comum era atear fogo na área.

Outro morador do condomínio, Vladimir Cordeiro, faz um alerta sobre o fogo e a fumaça gerados por quem suja o local. Segundo ele, até pneus e fios de cobre. “É caso de saúde e bem-estar. Os resíduos são depositados e se acumulam ao longo da margem do córrego; e, eventualmente, eles queimam tudo. Houve períodos em que havia duas ou três queimadas por dia. Temos que nos fechar nos apartamentos, mas a fumaça penetra e algumas vezes temos que sair de casa”.

Por meio de nota enviada ao TEMPO NOVO na última quinta-feira (29), a Prefeitura da Serra disse que “está realizando a reposição das toras de madeira e intensificando a fiscalização do local”.  No entanto, na manhã dessa segunda-feira (2), perguntamos a moradores se a reposição tinha sido feita. Eles afirmaram que, até este momento, não houve qualquer intervenção da Prefeitura nesse sentido.

Breve histórico

Após ter colocado terra e pedras para impedir que carroceiros e donos de outros veículos acessem o local para descartar a sujeira, a Prefeitura fez um cercamento com toras de eucalipto, calçada e plantio de espécies ornamentais.

O morador Weder Grassi lembra que, em 2014, protocolou denúncia na Prefeitura, mas não adiantou. Também recorreu ao Ministério Público, em 2018, fazendo com que a Prefeitura tomasse providência ao colocar pedras e terra. Placas informando a proibição de despejar entulho também foram colocadas em frente ao local.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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