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Eu pago, tu pagas e não levamos

Bruno Lyra

São salutares as agendas tocadas por lideranças da cidade questionando serviços prestados por concessionárias no município: água/esgoto e energia. No caso da primeira, a briga está na Câmara de Vereadores por meio de um Projeto de Lei para obrigar a Cesan a instalar bloqueadores de ar ao lado dos hidrômetros de cada consumidor. A proposta é de autoria do vereador Pastor Ailton (PSC).

A justificativa é que o ar é contabilizado no hidrómetro como se fosse água. Segundo o projeto, a presença de ar nas tubulações é comum por conta de mudanças de pressão da água e até mesmo interrupções, programadas ou não, no fornecimento do líquido. Com isso, o consumidor estaria pagando ar. Seria, na contabilidade do vereador, cerca de 30% do valor da conta. E como o valor do esgoto é calculado em cima do consumo de água, o cliente estaria pagando, também, pelo ar nesse serviço.

Se for isso mesmo, é grave, pois o consumidor está pagando por algo que não consumiu, como se já não bastassem os problemas com a água. O rio que abastece a Serra, o Santa Maria, recentemente foi alvo até de descarte de sangue humano na represa de Rio Bonito. Crime até hoje não esclarecido.

O mesmo rio recebe esgoto não tratado de áreas urbanas e rurais. Recebe, também, agrotóxicos, contaminantes que vêm aparecendo cada vez mais na água de abastecimento das cidades brasileiras.

E o que dizer do esgoto? Desde janeiro de 2015, a Cesan tem Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa Ambiental Serra (ex-Serra Ambiental). E o que se vê são córregos, rios, lagoas e praias cada vez mais poluídos, a despeito de o serviço encarecer 80% da conta de água.

Já no item energia, o foco é a taxa de iluminação pública, que na Serra custa três vezes mais que na capital Vitória, apesar de a cidade serrana ser mais mal iluminada que a capital. A conversa foi encampada pelo deputado estadual Vandinho Leite (PSDB),que articulou com o vereador Gilmar Dadalto (PSDB), o Raposão, o Projeto de Lei municipal aprovado na última terça-feira (11), que reduz em até 3,5 vezes a taxa. Para valer, a regra precisa ser sancionada pelo prefeito Audifax Barcelos (Rede).

Vale lembrar que o valor da taxa é definido pelo Município. E não pela EDP, fornecedora do serviço.

Redação Jornal Tempo Novo

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